AMIGOS DA BLACK

AMIGOS DA BLACK
NOSSA RAIZ,NOSSA HONRA

domingo, 29 de maio de 2011

SER DIFERENTE É SER IGUAL, PENSE NISTO...

 

 


 

'Sou negra, gay e feliz',diz Preta Gil

"Eu sou negra, sou Gay e sou gordinha. Ou seja, sou atacada por todos os lados", afirmou no 8º Seminário do movimento LGBT na Câmara.
A cantora Preta Gil, escolhida para ser a rainha da XV Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, disse, no lançamento oficial do evento, na noite desta quarta-feira (30), na Zona Oeste de São Paulo, que "está passando por um terror", sobre a polêmica com o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ).

No programa "CQC", da TV Bandeirantes, Bolsonaro afirmou que não discutiria "promiscuidade" ao ser questionado pela cantora Preta Gil, sobre como reagiria caso o filho namorasse uma mulher negra.

A pergunta, previamente gravada, foi apresentada no quadro do programa intitulado "O povo quer saber": "Se seu filho se apaixonasse por uma negra, o que você faria?" Bolsonaro respondeu: "Preta, não vou discutir promiscuidade com quer que seja. Eu não corro esse risco, e meus filhos foram muito bem educados e não viveram em um ambiente como, lamentavelmente, é o teu."
Ao lado de representantes do movimento LGBT e de autoridades dos governos estadual e municipal, Preta Gil, ao comentar sobre ter sido escolhida para ser a diva da XV Parada Gay, disse que aceitou a honrou "com muita humildade". Em seguida, falou sobre a polêmica com o deputado federal. "Coincidentemente, estou passando por um terror. Fui injustamente agredida por um político, que não agrediu apenas a mim, mas aos homossexuais e negros. Sou negra, gay e feliz", afirmou.

Ela lembrou que foi criada com muita liberdade e que, por isso, defende a causa do movimento gay. "É uma causa minha desde que nasci. E crio o meu filho com a mesma liberdade. Por isso fico muito feliz de ver aqui representantes da polícia, da política e outros setores da sociedade organizada, porque acredito que podemos mudar sim essa onda de violência contra os homossexuais", declarou.
Depois do evento, Preta Gil concedeu entrevista coletiva, na qual admitiu uma certa ponta de arrependimento por ter feito a pergunta.

"Eu desconhecia completamente este deputado, não tinha ouvido falar dessa pessoa. O pessoal do CQC não me induziu a dizer nada, mas se eu conhecesse o perfil dele (Bolsonaro), eu teria evitado a pergunta. Eu sou totalmente da paz, hoje em dia. Nunca gostei de escândalos", afirmou.

Preta Gil disse que não conhecia o deputado

Segundo ela, ao tentar se explicar, alegando que pensou que a pergunta se referia a gays em vez de negros, o deputado se complicou ainda mais. "A emenda saiu pior que o soneto. O que importa é o que ele disse e ele me chamou de promíscua. Não quero ficar aumentando a polêmica, mas ele está falando cada vez mais barbaridades", afirmou, sobre as novas declarações do deputado, que afirmou que a cantora não teria credibilidade para falar de ética depois de ter assumido que teve relações homossexuais.

"Nada do que eu fiz são coisas inaceitáveis. Ele já foi acionado judicialmente pelos meus advogados. A questão é que agora só vai juntando novas provas contra ele. Já são três processos", declarou. Para Preta Gil, o fato de a polêmica ter surgido justamente quando foi anunciado que ela seria a diva da Parada Gay de São Paulo, que costuma reunir três milhões de pessoas na Avenida Paulista, foi "uma coincidência". "Eu já tinha aceitado o convite há dois meses. E eu me coloquei à disposição da Parada. Isso só me faz ainda mais militante (do movimento gay), ainda mais ativa. O mais importante agora é fazer com a lei (que criminaliza a homofobia) seja aceita", disse.

Nesta quarta-feira, Jair Bolsonaro disse, durante o velório do ex-vice-presidente José Alencar, que está se "lixando" para os movimentos homossexuais.Questionando sobre o que achava dos movimentos homossexuais, que o acusam de homofobia, ele afirmou: "Eu estou me lixando para esse pessoal. Criaram aí a frente parlamentar de combate à homofobia, frente gay aí. O que esse pessoal tem para oferecer para a sociedade? Casamento gay? Adoção de filhos? Dizer que se seus jovens, um dia, forem ter um filho, que se for gay é legal? Esse pessoal não tem nada a oferecer."

O deputado também criticou a cantora Preta Gil, dizendo que ela não tem "credibilidade" para falar em ética. Após a exibição do programa em que Bolsonaro responde a uma pergunta sobre namoro com negras, Preta Gil postou no Twitter que processaria Bolsonaro: "Advogado acionado, sou uma mulher Negra, forte e irei até o fim contra esse Deputado, Racista, Homofóbico, nojento".
"Todo mundo que quiser entrar com processo é justo.

O caminho para resolver os problemas é na Justiça. Agora, que exemplo ela tem de vida para cobrar ética? Se você entrar no blog dela, está escrito lá que ela já participou de atos sexuais com outras mulheres, participa de suruba", afirmou.
 
Seja contra negros, gays, ateus ou qualquer outro grupo, a discriminação é sempre terrível, principalmente quando se afirma que ela sequer exista. Além de agir e lutar, precisamos assumir nossa verdadeira identidade seja ela qual for, levantar a cabeça e ir a luta, essa é a verdadeira essência da vida.
Black Magazine ama e respeita as diferenças...
Alguns comentários que achei interessante em minhas pesquisas:
"Que iniciativa maravilhosa"… quantos de nós não somos desprezados somente porque pensamos ou agimos ou nos vestimos diferentes? EuSouBruxa,EuSouGorda e sei que os preconceitos existem, e fico me recordando das aulas de história em que num tempo matavassem cristãos e tempos depois os pagãos. O problema é ser diferente, é ser contra o que lhe impuseram como certo. Sociedadizinha besta essa nossa.
 
"Sou a favor do livre arbítrio, acho que cada um deve viver intensamente aquilo que é"….sou simpatizante a toda essa turma e vcs estão sempre em minhas orações.
Basta de ódio, de violência, de animosidade. Este não é um projeto apenas contra a homofobia, é um projeto contra a intolerância, contra a falta de respeito a toda e qualquer minoria. Ser gay neste momento vai além de orientação sexual. Ser gay é nossa identidade conjunta em nome
da liberdade de ser quem se é. Não podemos, não devemos e não vamos viver nesse ambiente de raiva.
Eu sou gay, eu sou negro, eu sou nordestino, eu sou criança vulnerável, eu sou mulher vítima de violência doméstica, eu sou gordo, eu sou faminto, eu sou vítima do trânsito, eu não ando armado.
Eu sou aquele que diz basta a essa falta de compaixão e de respeito ao próximo. Eu sou pela paz. Eu sou a favor de um mundo melhor. Este é o movimento que começamos agora. Eu, você, nós brasileiros que acreditamos na força da opinião pública e das redes sociais para combater a intolerância contra a diferença e contra as minorias.




 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário