AMIGOS DA BLACK

AMIGOS DA BLACK
NOSSA RAIZ,NOSSA HONRA

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

MISS UNIVERSO: LEILA LOPES UMA NEGRA SIM SENHOR !!!!


UMA MISS UNIVERSO NEGRA SERÀ QUE ESTAMOS SONHANDO?
 
 
No final da votação, a Miss Angola, Leila Lopes, de 25 anos, levou o título, a coroa, a faixa e protagonizou a cena emocionada do ano de 2011. Seguida por Ucrânia, Brasil, Filipinas e China.
Há três semanas a cidade de São Paulo está sendo a moradia das 89 mulheres mais bonitas do mundo. A agenda apertada de compromissos das candidatas ao Miss Universo movimentou casas de show, uma quadra de escola de samba, projetos sociais e as notas desta coluna, já que acompanhamos de pertinho todos os passos das moças sobre seus saltos 15. Pela primeira vez o Brasil foi palco do Miss Universo, justo na edição que teve recorde de participantes: 89 – talvez incentivadas pela oportunidade de conhecer o nosso tropicalismo e samba no pé?
Metros e metros de tecido foram gastos na confecção dos vestidos de festa, trajes típicos e poucos centímetros para os trajes de banho, assinados pela Catalina, claro, mas os jurados dão seus votos para o recheio dos figurinos.
Na quinta-feira (08/09), o Credicard Hall recebeu as moças, um seleto júri e uma platéia não muito educada, que chegou a vaiar a nossa representante, a gaúcha Priscila Machado, para escolher as 16 finalistas do concurso, que só foram reveladas pelos apresentadores Andy Cohen e Natalie Cohen, que, filha de mãe brasileira, arriscou no português durante a cerimônica, na noite de hoje: França, Kosovo, Colombia, China, Angola, Australia, Porto Rico, Brasil, Holanda, Estados Unidos, Ucrânia, Panamá, Costa Rica, Portugal, Filipinas, Venezuela – todas com o mesmo modelo de vestido, sandálias e cabelos super volumosos carregados de laquê.
Para a apresentação de Claudia Leitte o palco do Miss Universo se transformou em uma enorme roda de capoeira. Mas a loura chegou em um collant cheio de tachas para cantar uma música com clima de boate em inglês, a nova Locomotion! Não entendemos, mas as misses que não foram selecionadas para a final se animaram enquanto dançavam no meio da platéia.
No desfile de biquínis, que tiveram que voltar para a fábrica da Catalina para que fossem aumentados, pudemos reparar a redução nas medidas das concorrentes ao título, mas a Miss Estados Unidos recebeu o título informal de "Magra Demais", de um jeito nada legal.
Entre 79 misses vestidas com seus trajes de gala, a nossa Bebel Gilberto surgiu com o seu poder vocal, cantando Close Your Eyes, cuja letra dava espaço para o nosso bom e velho português.
SORTE PARA ESSA NEGRA QUE NOS DEU TANTO ORGULHO,PARABÉNS AOS JURADOS QUE NAO SE DEIXARAM ABATER PELO LADO RACISTA DO MUNDO,PARABÉNS AO BRASIL POR TER SIDO PALCO DESSE FEITO HISTÓRICO!!!!

Uma negra,Um orgulho....




106 anos de uma brasileira de verdade
 
 
Paixão pelo futebol não tem idade: Dona Maria, 106 anos, é a torcedora mais velha do Sport. Apesar da paixão pelo time rubro-negro, a torcedora centenária, que nasceu em 5 de maio de 1905, oito dias antes da fundação do clube pernambucano, está triste. No entanto, não é com o time que se encontra na Série B do Brasileirão, e sim por outro motivo: a torcedora teve sua camisa furtada no quintal de casa (assista ao vídeo). Então, a equipe do
- A minha camisa roubaram no arame. Lavei ela e botei ali (apontou para o varal de roupa). Quando eu fui olhar o arroz que estava queimando, quando voltei, não encontrei a camisa - disse.
Ao chegar ao clube, dona Maria ficou emocionada quando se deparou com o escudo do time, na entrada da Ilha do Retiro. Com dificuldade para enxergar, por conta de uma catarata no olho direito, mesmo assim, ela observou tudo, todos os detalhes, no entanto, sentiu falta de alguma coisa.
- Cadê os jogadores? – perguntou pelos atletas, que estavam treinando em outro lugar.
Camisa e emoção no encontro com os jogadores do SportPorém, em seguida, dona Maria teve uma surpresa. Encontrou os jogadores depois do treino e bateu um papo com o meia Marcelinho Paraíba e com o goleiro Magrão, que entregou uma camisa do Sport para a torcedora centenária. Emocionada, ela agradeceu aos atletas e chorou, beijando o escudo do Sport.
Com a camisa nova em mãos, dona Maria aproveitou e mandou um recado aos engraçadinhos que roubaram sua camisa na corda de roupa.
- Se tentarem de novo, eu meto o pau – disse a torcedora ao lado goleiro Magrão.
Agora, dona Maria promete guardar com mais cuidado a camisa, para não perder novamente.
"Fora do Eixo" entrou em cena e fez um convite para dona Maria: conhecer a Ilha do Retiro, estádio do Sport, os jogadores do time de coração e receber uma nova camisa do Leão. 
Black Magazine te ama Dona Maria !!!!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A VERGONHA DA RAÇA !!!!




BENEDITA DA SILVA E EDSOM SANTOS DOIS NEGROS NO PODER DIZEM NÂO AOS BOMBEIROS,AO POVO... AO PRECONCEITO

Dizer não a anistia,virar as costas para o povo, a muito que repudio á senhora Benedita da Silva...
Que decepção Edsom Santos
É por isso que um ouvinte de uma estação de rádio perguntou ao locutor: "E agora no segundo turno, quem é oposição e quem é situação?" A resposta do locutor foi singela: "Os dois são oposição e situação ao mesmo tempo, ué. Tem problema?"
Esse é o problema. Não há problema algum para os organizadores e atores da farsa eleitoral que os candidatos simulem jogar nos dois campos, pois assim, os eleitores pensam que estão escolhendo e as classes dominantes — grande burguesia e latifundiários, servi ndo sempre ao imperialismo ianque, principalmente — seguem sua dominação.
Este é o modelo de democracia apresentado ao povo: exercer nosso "direito-dever" de votar em candidatos "oposição-situação" participando da "grande festa" eleitoral. A democracia de mentira não poderia deixar de utilizar todos os ramos da demagogia, e é assim que permitem a participação democrática das mulheres, dos negros, dos favelados na concorrência aos cargos eletivos. No Brasil uma candidata reuniu as três qualidades ao mesmo tempo e foi saudada e "marquetada" com o slogan revolucionário: "Mulher, negra e favelada". Benedita da Silva, eleita vereadora, deputada, senadora e vice-governadora, cumprindo o final de mandato de Garotinho já concorrendo à reeleição no estado do Rio de Janeiro.
A grande burguesia se compraz em abrir os "espaços democráticos" cobrados pelo oportunismo, pois este funciona como fiel escudeiro de sua farsa, legitimando seus processos eleitorais, seus acordos, seus saques, sua exploração e sua opressão sobre o povo. Esta é sua arma mais afiada, fazer o discurso adocicado, as promessas enganadoras, o cinismo militante, através de um membro da classe explorada. E Benedita da Silva cumpriu bem a tarefa.
Senão, vejamos. Assumindo o governo do Estado foi morar no palácio, o que a seu ver simbolizaria um sonho das classes trabalhadoras — chegar ao topo da sociedade de classes. No posto de governadora, assumiu o papel de comandante-chefe da Polícia Militar. Como representante da raça negra, nomeou um comandante negro para a PM. A mulher, negra e favelada governava o Rio de Janeiro.
Hoje essa mesma farça chamada benedita da silva é deputada federal que repúdia!!!
E esse negro com carinha de bom moço chama-se: EDSOM SANTOS
Seria triste e vergonhoso assistir tantos dias de exposição da imagem patética de Benedita da Silva e Edson Santos no comando dos órgãos de repressão ao povo nas favelas do Rio, se eles de fato representasse esses três segmentos importantíssimos do nosso povo: as mulheres, os negros e todo o proletariado que vive nas favelas. Entretanto o que sentimos — nós, que já não temos qualquer ilusão constitucional, que sabemos que a democracia só pode ser construída pelas mãos do povo organizado e combatendo o oportunismo, a grande burguesia, o latifúndio e o imperialismo — é uma profunda revolta, um repúdio veemente a uma situação que não pode receber outro nome que "palhaçada".
Sempre aprenderemos pelo exemplo positivo, mas também com os nossos inimigos, pelo negativo. As mulheres faveladas em seus permanentes e corajosos confrontos com o aparato repressivo do Estado, seguramente não se sentem representadas pela governadora comandante da força-tarefa da repressão. Os negros, grande maioria da população em nosso país, portadores da cultura da resistência dos quilombos aos capitães do mato, certamente repudiam essa falsa representante.
Aqueles do povo que se abaixam para as classes reacionárias para realizar suas ambições pessoais são, não apenas ridicularizados por essas classes, mas têm expostos ao povo, de maneira cruel, sua traição e seu triste papel de serviçal da reação.
Há um caminho pelo qual os negros, favelados e as mulheres do povo, enfim, os trabalhadores, chegarão ao poder. É um caminho honrado que não passa por esse pântano.


quarta-feira, 3 de agosto de 2011

CIDADANIA UM DIREITO DE TODAS AS ETNIAS !!!!


 

Lei garante direitos sociais aos afro-brasileiro  
 Projeto de Lei nº 6264/2005  Mais uma vitória nossa...
Segundo a Lei é dever do Estado e da sociedade garantir a igualdade de oportunidades, reconhecendo a todo cidadão brasileiro, independentemente da etnia, raça ou cor da pele, o direito à participação na comunidade, especialmente nas atividades política, econômica,
Além de garantias no âmbito da saúde e outros direitos essenciais a lei também procura garantir a população afro-brasileira o direito a participar de atividades educacionais, culturais, esportivas e de
 
senador Paulo Paim institui o Estatuo da Igualdade Racial no Brasil para combater a discriminação racial e as desigualdades estruturais e de gênero que atingem os afro-brasileiros, incluindo a dimensão racial nas políticas públicas e outras ações desenvolvidas pelo Estado. empresarial, educacional, cultural e esportiva, defendendo sua dignidade e seus valores religiosos e culturais. lazer, adequadas a seus interesses
Os Negros no Brasil: A Promoção de seus Direitos no Século XXI
 É impossível tratar da cidadania dos negros brasileiros e da promoção de seus direitos humanos sem que se faça uma leitura do passado. O melhor cenário futuro, entretanto, depende da promoção de uma ruptura com a ordem, com o medo e com os conceitos profundamente excludentes e preconceituosos sobre a identidade brasileira.
Se os conceitos de ampliação dos direitos são importantes nos vários países, certamente no Brasil são definitivos para a consolidação do processo democrático.
A realização da Declaração Universal dos Direitos Humanos está condicionada à sua ampliação sobretudo aos negros e aos povos indígenas.
Declaração Universal dos Direitos Humanos e os negros brasileiros Em 1948, quando foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, então traduzida no Brasil como dos "Direitos do Homem", nosso país vivia a Segunda República, a República populista (1946-1964) e os conceitos da "democracia racial brasileira" representavam um enorme esforço para conciliar os ideais republicanos de participação com a realidade de exclusão social, econômica e política dos negros.
Havia 60 anos que a escravidão fora abolida num contexto político e econômico extremamente desfavorável para os negros, após mais de 350 anos (de meados do século XVI ao final do século XIX) de consolidação de um Estado-Nação escravocrata, onde todas as relações sociais, culturais, políticas, pessoais e econômicas eram regidas pela escravidão, inclusive o imaginário social.
A República oligárquica (1891-1930) e depois a ditadura corporativista (1937-1945) deram continuidade ao processo de hierarquia racial e exclusão, gestados na escravidão e transformados através da história, apesar da intensa participação dos negros brasileiros na construção da defeituosa democracia brasileira.
O conceito de direitos humanos foi tratado segundo conceitos universalistas, mas excludentes. O universalismo no Brasil não se aplicava, e ainda não se aplica totalmente aos negros. Os conceitos universalistas foram relativizados por um profundo eurocentrismo, tornando-se excludentes em nosso país, nas diversas esferas do Estado, do conhecimento, das relações sociais. As particularidades de gênero, de origem étnica, diferenças regionais eram tratadas por poucos cientistas sociais, predominantemente pela ótica do perverso mito da democracia racial, às vezes sob a perspectiva de partidos políticos como questões conjunturais, e, na maioria das vezes consideradas implicâncias militantes ou questões menores, e até atrasadas ou contrárias aos interesses nacionais.
Até o final deste século XX, os conceitos de direitos humanos que, se aplicados aos povos indígenas, aos negros, às mulheres, teriam dado outro rumo ao processo democrático brasileiro, foram materializados de forma desigual.
A aplicação dos princípios dos direitos humanos estava condicionada, até a ditadura militar, nos anos 60, aos conceitos resultantes da nossa história: o poder privado, no império, do senhor sobre os seus escravos; dos homens sobre as mulheres de forma menos patrimonial; o catolicismo adotado como religião oficial, criando a desobrigação do poder público da tarefa de legislar sobre as relações; a abolição que atingiu os interesses dos fazendeiros do sudeste, cujo engajamento foi fundamental para a destruição da monarquia e proclamação da República; as alforrias em massa com vistas a garantir mão de obra barata; a posterior urbanização, mantendo as desigualdades e a pobreza negra rural.
O negro brasileiro era até então um ator Plutoniano da história, transformando os rumos da nação, gestando o ethos nacional, exigindo a firme ação dos eugenistas até mesmo na definição das relações interpessoais. Era ator político sem ser sujeito político formal. A escravidão foi a instituição econômica e política mais longa da nossa história, e a mais estável. Mesmo negros e mestiços sendo a maioria da população durante os anos finais da escravidão - afinal provavelmente mais de 5 milhões de africanos foram trazidos como escravos para o Brasil - os negros eram tratados como sub-humanos, não tinham o status de estrangeiros, nem os direitos de cidadãos brasileiros.
As transformações nas noções de direito individual, de cidadania, mesmo com a urbanização que transformou as relações entre negros e não negros, não produziram, na prática, conceitos de igualdade. Alguns ainda são considerados mais iguais e outros menos iguais.
O pós-guerra revelou à nação o profundo sentimento de pertencimento dos negros brasileiros, então chamados – segundo a linguagem não conscientemente desqualificatória- de pretos, mulatos e de pessoas de cor.
Os empregadores exploraram profundamente as divisões raciais na força de trabalho.
Durante o regime militar o conceito de direitos humanos foi utilizado pelos opositores do regime na tentativa de garantir direitos políticos. Foi a partir daí que o tema passou a fazer parte do cotidiano do vocabulário político brasileiro. Entretanto, quanto aos negros, as desigualdades e os mecanismos de exclusão no mercado do trabalho, a violência policial com características de brutalidade específicas quando se tratava dos afro-brasileiros, a esterilização de mulheres negras, a vulnerabilidade das comunidades organizadas para resistir à escravidão sem direito ao título da terra, eram temas, assim como a desigualdade de gênero, considerados particulares, questões de minorias, lutas específicas.
A inclusão dos afro-brasileiros no universo dos direitos humanos O custo social e econômico do racismo, a quantificação e exposição numérica das desigualdades raciais, a ampliação do entendimento de que a população negra brasileira não é numericamente uma minoria, de que o Brasil é o país com a maior população negra fora da África e de que o desenvolvimento excludente é um problema nacional - não só dos negros ou de outros grupos sociais - têm, nos últimos anos, politizado e ampliado o tratamento das desigualdades raciais.
Ainda, as transformações do processo democrático têm exigido a compreensão do processo histórico a partir da ótica dos vários grupos humanos que compõem o todo social, incluindo a necessidade da avaliação do papel do Estado e dos vários atores sociais que gestam a história no cotidiano presente e o fizeram no passado.
O debate internacional sobre direitos humanos tem incluído setores relevantes da militância negra. As Conferências da ONU, da Mulher e a de Genebra, a aplicação dos conceitos de desenvolvimento humano, a necessidade dos brasileiros de lidar com a sua identidade no processo de globalização, trazem o negro brasileiro para o centro do debate sobre os direitos humanos.
 A população negra participará ativamente de um processo nacional que trate de seus direitos no contexto nacional. Não se interessará, entretanto, por processos que a desqualifiquem no imaginário social. Vale contextualizar suas noções de direito e descrever seus pontos de vista sobre os debates sobre políticas de ação afirmativa, que são referências importantes, o que pode ser resumido em poucos parágrafos:
A representação política é considerada fundamental, mas em qualquer esfera de poder deve ser digna e significar participação nas alternativas para a superação da pobreza e das desigualdades. A população negra brasileira não espera que seus representantes tratem apenas de criar melhores condições de vida para os negros. Os negros são exigentes quanto à atuação ética, ao combate à corrupção e aos privilégios - entendem que em um sistema justo suas oportunidades são maiores. Entendem que têm o direito e o dever de participar das decisões e dos rumos da nação. Entretanto a maioria não vê com simpatia a criação de um partido negro. Entende que seus direitos devem ser assegurados, com maior participação de negros nos espaços decisórios.
Mesmo constatando as profundas desigualdades no sistema educacional, quaisquer propostas que permitam desqualificação paternalista têm sido rejeitadas pela maioria dos próprios negros. Sistemas de cotas, dissociados de outros programas, têm sido preteridos por bolsas e cursos especiais de capacitação, que são considerados mais meritórios. O acesso universal à educação, com cursos em locais e horários adequados, com professores preparados para lidar com a diversidade racial, a inclusão da história do negro e da história da África, material didático que valorize os afro-brasileiros, escolas multiculturais de qualidade nas regiões suburbanas e rurais, transporte escolar adequado e alimentação na escola são propostas que constam do repertório dos negros de todos os espaços sociais. As cotas são vistas com desconfiança, se tratadas isoladamente.
No universo de trabalho, a reserva de vagas é vista com grande relutância. A representação proporcional dos vários grupos étnicos e isonomia no acesso e no sistema de promoção são desejos dos afro-brasileiros, mesmo sabendo que estão em desvantagem no que se refere a qualidade de vida. Programas para o cumprimento das recomendações da Convenção 111 da OIT foram incorporados pelo governo brasileiro a partir de demanda criada pela ação do movimento negro com setores sindicais e os ministérios da Justiça e do Trabalho. A visibilidade pública de negros atuando no Estado e na iniciativa privada, como bons profissionais, é considerada fundamental por pessoas de todas as idades.
Os setores organizados e os não organizados da população negra entendem que as comunidades rurais criadas como resistência à escravidão têm direito absoluto ao título das terras. Entendem que não são credores do Estado, que são mantenedores de territórios culturais e que esses remanescentes de quilombos criaram alternativas preservacionistas e à fome, à prostituição, à miséria urbana, portanto que representam "um orgulho dos negros". Não precisam ser assentados porque não são populações sem terra, pelo contrário, habitam há séculos em seus territórios. Seus direitos devem ser assegurados, portanto.
A noção do direito ao resgate da história é profunda. Está associada à compreensão de que o melhor do seu povo foi roubado, expropriado e, se expressa em uma palavra que reflete o racismo de nosso imaginário: "denegrido". Não há ilusão quanto às contradições: pais que venderam filhos, mulheres que traídas delataram e impediram levantes e revoltas, negros que participaram do comércio de escravos. Mas há a regeneração do mutilado saci-pererê, o brilhantismo e a dignidade de Luís Gama, a curiosidade sobre Chica da Silva e o desejo de saber tanto sobre Zumbi quanto se sabe sobre o bandeirante Domingos Jorge Velho. Não havia um negro que prestasse em quase quatrocentos anos? E Luiza Mahin? E a professora preta que lutou pelo direito de voto? E a produção de Machado de Assis? É como se a cidadania de hoje estivesse assegurada na história de ontem. Como se a excepcionalidade de alguns dignificasse a existência e devolvesse a dignidade, inclusive importante para os olhos dos "de fora".
A produção cultural foi uma saída, como em outros países, para os negros brasileiros. Espaço para a sobrevivência econômica, intelectual e espiritual. A indústria cultural, entretanto, limita os espaços de expressão. A ausência de uma dramaturgia afro-brasileira, de espaços de criação-exibição são traduzidos politicamente pelos artistas como cerceamento do direito de ir e vir cultural e intelectual. O mito da democracia racial fez parecer que os excluídos eram incompetentes históricos, aparentemente competiam em condições iguais e não conseguiram mudar sua história.
Artistas e produtores culturais pertencem a um setor que reivindica financiamentos específicos para compensar as desigualdades históricas e, sobretudo, para que sejam criadas condições de se expressar o imaginário afro- brasileiro.
A violência policial e a falta de cumprimento das leis anti-racistas aprofundam o sentimento de que o Estado não é confiável como defensor dos interesses dos negros, que a justiça é "branca" e que os direitos são privilégios dos poderosos.
Um último exemplo refere-se ao direito à visibilidade qualificada. A ausência na mídia, nos materiais didáticos tem mais e mais sido considerada um fator de negação do direito à legitimação no imaginário social. Não se trata do discurso acadêmico ou político, ou ainda militante. A invisibilidade incomoda e está associada ao vazio de história.
Conclusão É preciso que sejam estabelecidas metas. Metas de governo e metas sociais com referência, sobretudo, na Declaração de Viena e nos Pactos Internacionais.
O processo democrático exige resultados e o Estado, cujo papel é relevante para produzir mudanças, começa a ser referência para a sociedade, formulando políticas que levarão à participação dos afro-brasileiros como sujeitos no processo de desenvolvimento. Apesar das recentes iniciativas do governo federal, os estados e municípios, entretanto, não têm ido além da criação de conselhos que têm pouco poder executivo, sendo mais consultivos.
As ações da iniciativa privada são referenciadas nos velhos conceitos discriminatórios. A exclusão cotidiana dos negros no mercado de trabalho, as diferenças salariais e as barreiras para a continuação da carreira são notáveis.
Precisa ser ressaltado que o cumprimento da Declaração Universal dos Direitos Humanos e dos Pactos Internacionais das Nações Unidas, no que se refere aos afro-brasileiros, exige a elaboração de um relatório sobre a condição humana desse grupo social, incluindo as propostas do Estado e da sociedade para a realização integral de seus direitos. Essa é uma tarefa ainda para o final deste século, de modo que possamos cumprir o objetivo de, ao celebrarmos o V Centenário do Brasil, no início do ano 2000, apresentarmos como marco a decisão nacional de nos transformarmos em uma cultura baseada nos direitos humanos, oferecendo para a humanidade a melhor contribuição da nossa inteligência e sensibilidade multicultural.
Faça valer seus direitos sempre !!!!
Uma Luz no fim do túnel !

terça-feira, 26 de julho de 2011

O RACISMO NOSSO DE CADA DIA...

 
 
ONDE ESTÀ O RACISMO,NA VERDADE,NA PELE,NO SANGUE OU NA ALMA? 
O racismo de antes não existe. Que isso fique bem claro antes de começar esse artigo. O que chamamos de racismo hoje é um fantasma do passado, ainda – ressalto – herdado da época em que se chamavam negros de inferiores – e que ganha mais força em grupos com complexo de inferioridade que radicalizam uma vingança, ou até um acerto de contas, pelos ataques que eles jamais sofreram – salve os grupos e instituições de preservação cultural.
"Ah" – dizem hoje – "Precisamos pagar os negros pelo que fizemos a eles no passado". Os negros que sofreram no passado com a escravidão não estão mais vivos, e pagar seus decendentes é uma forma de reviver o racismo.
Criou-se, então, uma certa sensibilidade hipócrita quanto à cor da pele. Um negro chamar um branco pejorativamente de "leite azedo" não tem problema. Um branco chamar um negro de "preto" é crime inafiançável. Isso nos leva à racista conclusão de que ser branco, ser "leite azedo" é bom, e ser "preto" é ruim. Porque, então, existe essa lei?
Muitas universidades foram obrigadas a criar cotas para negros. Dessa forma, um branco com nota 80 é reprovado no vestibular, enquanto um negro com nota 50 passa. E novamente somos levados a crer que o negro é pior, é mais burro, e, por isso, precisa dessas regalias. Então porque fizeram esse sistema de cotas?
A resposta para as duas perguntas acima é: "Para reviver o racismo". Criando leis diferentes para diferentes grupos, você os separa, cria um muro entre eles, os definindo como "diferentes". O racismo que existe hoje vem da tentativa do governo de mostrar que negros e brancos são raças diferentes.
Todos se tornam iguais quando são tratados como iguais.
Mas num país cheio de leis diferentes para diferentes grupos, desde étnicos até sociais, é querer demais que essas pseudo-diferenças sejam extintas.
Mas, o que mais me admira, é que são formados "grupos de negros" e esses tratam-se como diferentes, apóiam o sistema de cotas e, são tão radicais, que podem chegar ao ponto de dizer racismo o simples fato de um branco brigar com um negro na rua por causa de mulher.
Algumas pessoas parecem querer que o racismo continue, tanto negros quanto brancos, para assim continuarem a lutar para mostrar qual "raça" é melhor. E isso se aplica também a ricos X pobres, esquerdistas X direitistas, e por aí vai… O racismo que existe hoje, não vem do antigo conceito "científico" de raça pior ou melhor, e sim do que nos é ensinado, do que nos é mostrado!
As pessoas parecem gostar de criar essas falsas diferenças.
Isso me faz pensar que a mentalidade humana anda recuando um pouco. A brasileira então, nem se fala, parou no tempo de Xica da Silva. Há falta de perspectiva, de um objetivo maior, de um sentido para a vida.
 
SUPERIORIDADE OU IGUALDADE ? 
De um internauta vem "A pergunta mais desafiadora dos últimos tempos":
O rei do Futebol é negro…
O político mais poderoso do mundo é negro…
E o líder da oposição (Partido Republicano) também é negro.
A mulher mais rica e influente na mídia é negra.
O melhor jogador de golfe de todos os tempos é negro.
As melhores jogadoras de tênis do mundo também são negras.
O ator mais popular do mundo é negro.
O piloto de corrida mais veloz do mundo é negro.
O mais inteligente astrofísico na face da terra é negro.
O mais próspero cirurgião cerebral do mundo é negro.
O homem mais rápido do mundo é negro.
E as cotas para que servem mesmo ?

quarta-feira, 20 de julho de 2011

AMIGOS PARA SEMPRE...FELIZ DIA DO AMIGO...OBRIGADO AMO VOCÊS!!!



Hoje li no jornal uma matéria falando sobre amizade, ponderando uma série de questões que eu também paro para pensar às vezes. Falava do real valor da amizade, e como hoje em dia (talvez até pelo ritmo acelerado e irracional do nosso dia-a-dia) por vezes nos submetemos à substituir os amigos reais pelos virtuais, quantificando em números os "amigos" que você acabou de conhecer num clique. A matéria dizia até que existem sites de melhores amigos, onde você vai acompanhado de um total estranho para tomar um café e lhe fazer companhia como amigo.
Ah, pode ter quem concorde e tudo bem. Que cada um consiga ser feliz à sua maneira, com o que achar mais real ,as vezes acho que minha amizade assusta porque sou o amigo que usa a sinceridade todo o tempo,as vezes não pondero as palavras e acabo magoando sem querer.
Tenho amigas que nasceram e creceram junto comigo, e nossa relação se fortalece desde então. Amigas que já tem lugar reservado nos principais eventos da minha vida. Amigos que me dei bem de forma instantânea, e nos 15 primeiros minutos de conversa parecia que já nos conhecíamos há anos. Amigo que é o maior amor, amor que virou amigo. Amigo que eu não vejo em anos, mas num simples encontro na rua, pronto, é a mesma coisa: rimos, combinamos um almoço, colocamos o papo em dia e nos reaproximamos de novo. Outros, que pela incompatibilidade de rotina do mundo adulto não me permitem ver com a freqüência que gostaria, mas estamos sempre lá, acompanhando as novidade entre um papo e outro, sempre com a mesma alegria e carinho de sempre.
Amigos novos que tenho conquistado nessa trajetória de noites mal dormidas por conta das entrevistas em shows, que se divertem quando conto histórias que vivi com os amigos mais antigos. Amigos de amigos, que quando a gente mal percebe já cativou um lugar enorme no coração da gente.
Amizade para mim é fácil e leve, e se surge algum problema, um chega para o outro e fala, resolve. Depois comemoramos com um brinde ou com enormes guargalhadas. Amigo compartilha, ri, viaja, fala e faz bobagens com você, dança como se não houvesse amanha, tira fotos toscas, paga mico, te ouve e dá bronca quando precisa te chama de gorda,diz que vc esta fora de forma de foco rsrsr, te fortalece nos momentos mais difíceis, e te ajuda a trilhar caminhos. É real, e você simplesmente sente. Amizade une, e não segrega. Adiciona e faz bem, e não te traz pesadelos.
E eu como uma boa ariana tenho amigos verdadeiros que aprenderam a me amar e respeitar mesmo tendo que conviver com esse meu jeito agressivo,espoleta,doido as vezes por falar oque pensa,mais sei que sabem que divido meu tudo com cada um deles,e os virtuais são muitos e amados a minha maneira,resumindo sou uma jornalista felizzzz.. rodeada de amigos...


Definição do dia do amigo

 
Velho ou novo, negros, brancos, gays, gordos, magros. Não importa de onde você é, para que time torce. Tem uma coisa na vida que não pode faltar, na hora da alegria e também da tristeza: a amizade! Amigos são tão importantes em nossas vidas que merecem uma data especial só para eles no calendário.

No mundo concorrido das celebridades, também há espaço para amigos verdadeiros e muitas relações ultrapassam décadas, como no caso do cantor Michael Jackson, morto em 2009, e da atriz Elizabeth Taylor, morta em 2011, que foram amigos por anos. Alguns famosos, como Alicia Keys e Beyoncé, mantêm a amizade desde a infância e cresceram sob os holofotes sem perder o contato.
 
O dia 20 de julho é a data celebrada em vários lugares do mundo, mas sua origem é controversa. Uma vertente afirma que a idéia tenha surgido do dentista, professor e músico argentino Enrique Febbraro, inspirado na chegada do homem à Lua, em 20 de julho de 1969, e na célebre declaração "um pequeno passo para o homem, mas um grande passo para a humanidade", dita por Neil Armstrong na ocasião.
OK, Mas e o que isso tem a ver com a amizade? Simples: a conquista pode ser interpretada como a busca por um mundo sem fronteiras, onde a união dos povos - independentemente de raças, ideologias ou religiões - seria fundamental para a conquista dos nossos objetivos. Enrique, então, decidiu prestar uma homenagem a toda a humanidade por seus esforços em estabelecer vínculos para além do planeta Terra, tentando, assim, oficializar a data como sendo o dia do amigo.
Ele precisou de décadas para conseguir fixar essa data, iniciando uma jornada mundial que começou em Buenos Aires, capital argentina, e que acabou por instituir a celebração através de um decreto. A partir daí, outros países passaram a celebrá-la e hoje cerca de 100 nações comemoram o Dia do Amigo, iniciativa a qual rendeu ao professor duas indicações ao Prêmio Nobel da Paz.

AMO AMO AMO TODOS VOCÊS !!!! OBRIGADO
CRIS LIMA




segunda-feira, 18 de julho de 2011

FORA O PRECONCEITO,SOMOS TODOS IGUAIS PERANTE DEUS !!!

SOU NEGRO E GAY E DAI ?


 
Se, no Brasil, não dá para negar o duplo preconceito a que negros LGBTs são submetidos, quais seriam, estruturalmente, as razões que levaram, ou levam, a essa situação? E o que tem sido feito, em termos de mobilização social, para alterar esse quadro?
Mitos e histórias
Historicamente, a sexualidade negra, em nosso País, foi marcada pela escravidão. Nesse período, o branco forjou as principais concepções sobre ela que ainda dominam nosso imaginário. Sim, pois, embora os negros tenham trazido seus costumes da terra natal, foram as idéias, e preconceitos do colonizador que acabaram por modelar a abordagem sobre o assunto. Um exemplo é a crença de que, originalmente, não havia homossexuais entre os negros.
No trabalho "Os grupos de homossexuais afro-descendentes e a militância contra homofobia e racismo no Brasil", o historiador Marcelo Cerqueira e o antropólogo Luiz Mott, comentam que "é antigo e persistente o mito da inexistência da homossexualidade no continente negro. Diversas autoridades religiosas e presidentes africanos têm feito discursos iradoscontra gays e lésbicas, associando o amor entre pessoas do mesmo sexo ao colonialismo".
"Oficialmente", continuam os pesquisadores, "teria sido o historiador inglês Edward Gibbon, em 1781, quem primeiro asseverou a inexistência da homossexualidade no continente africano. Esta suposta 'excepcionalidade africana' foi reforçada por diversos antropólogos cegados ainda pela homofobia vitoriana."
"Por trás do mito da inexistência do homo-erotismo na África pré-colonial, estão dois outros mitos: a naturalização da sexualidade dos negros, que, movidos pelo instinto animalesco, desconheceriam os vícios antinaturais dos brancos; e a superioridade física do primitivo africano, avesso à efeminação própria do mundo civilizado", aponta a pesquisa.
Alguma semelhança com os tempos modernos? Milton Santos, 32 anos, presidente do Estruturação, grupo LGBT de Brasília, responde. "Os negros sempre foram tratados como mercadoria, e isso está latente. Os negros se firmaram como resistentes, fortes, guerreiros, potentes e másculos. De repente, surge um gay, que é considerado fraco, impotente e que, no senso comum, vai na contra-mão de tudo que sempre foi ostentado".
Isso ajuda a explicar o preconceito que outros negros nutrem contra negros gays, que passam a ser vistos, por exemplo, como "traidores da raça". "Tenho uma tia que pensa assim", conta o jornalista Emerson Nunes, 33. "Ela convive de boa comigo e meus amigos gays, mas, em vários momentos, deixa transparecer que não aceita o negro ser gay".



Bem-dotados


Depois disso, parece que nós, gays que admitimos a existência da homossexualidade entre negros africanos e brasileiros, "corremos porfora", não é? Ledo engano. Renildo Barbosa, 32, diretor de diversidade do Coletivo de Entidades Negras (CEN) e integrante da Rede Afro LGBT, relaciona a imagem do negro forte e másculo a seu papel como reprodutor nas senzalas: "a 'potência' do homem negro e o 'fogo' da mulher negra são utilizados para manter viva a chama do machismo".
"Não somente homens negros são explorados por seu lado sexual", continua Barbosa, "mas as mulheres negras também, o quenos remete a questões históricas e seculares, de utilizar negros e negras escravoscomo reprodutores e amantes. Os mesmos estereótipos se aplicam aos negros LGBTs, que são tidos como melhores amantes e parceiros sexuais". É daí que saiu aquela velha história do negro machão, ultra-ativo e bem-dotado...
Embora existam outros estereótipos relacionados aos negros - Renildo Barbosa cita, por exemplo, o profissional, "em que somos pensados como trabalhadores braçais ou em posições de comandados" - o do "negão ativo" é tão presente que foi um dos mais lembrados por nossos entrevistados. Tem até quem se aproveite dele. É o caso de Ricardo Lima**, 47, funcionário público. "Uso muito sites de relacionamento e, quando digo que sou negro, vem aquela história do 'você é negro, ativo, pauzudo'". Por sorte, Lima é ativo. No entanto, ele também vê um lado ruim nisso."Quando percebo que, por parte do outro, tudo se resume àquilo, pulofora. Eu me sinto como se fosse um pedaço de carne", conta.
Lima também comenta que o estereótipo pode não ser nada legal para os que preferem a passividade: "Tenho um amigo, negro também, que é 100% passivo. Muitos se aproximam dele acreditando nessa coisa de 'ativo pauzudo' e, quando descobrem, desistem".
Mestra em Educação Brasileira, professora e ativista da Rede AfroLGBT, Negra Cris, 37, acredita que os estereótipos do 'negro bem-dotado' e também da 'negra quente' reafirmam o preconceito racial. "Alguns homossexuais não-negros pensam pelo senso comum e serelacionam com homossexuais negros acreditando nesses supostos potenciais. Claro que os relacionamentos inter-raciais não vão se dar apenas por essemotivo, mas a supervalorização sexual do negro leva à curiosidade e à permanência do senso comum de cunho racista".
Na terrinha
Nesse ponto, é oportuno voltar à pesquisa de Marcelo Cerqueira e Luiz Mott e perguntar: mas, afinal, há provas de que sempre houve homossexualidade entre os negros na África? A ativista Sônia Regina de Paula Leite, 50, da CoordenaçãoNacional de Entidades Negras (CONEN), alerta para a dificuldade em fazer esselevantamento. Para ela, na África Negra, "houve, há muitos séculos, um período de matriarcado. Depois, seguiu-se o patriarcado. Nesse contexto, é muito difícil um discurso que não seja referente à sexualidade masculina heterossexual. Não há muitos dados".
De fato, mesmo sobre o período escravocrata, os documentos sãoescassos. Em seu artigo "Escravidão e homossexualidade", de 1986, opróprio Mott reconhece: "Os 'sodomitas' viviam na mais completa clandestinidade. A história dos homossexuais do período colonial defronta-se com a problemática de dispor como fonte documental quase exclusivamente deprocessos inquisitoriais".
A pesquisa de Mott nos arquivos da Inquisição também encontrou relatos demonstrando que, em diferentes etnias, os homossexuais, além de atuantes, dominavam os conhecimentos místicos, mágicos e médicos como xamãs. Senão dá para generalizar e dizer que toda a África antiga, diferente da atual, era 'friendly', as pesquisas apontam para o fato de que, além de haver homossexualidade entre os nativos, ela provavelmente não era condenada pelo menos em alguns grupos.
No Brasil, ainda segundo Mott, parte dos cativos teria trazido essa herança. No entanto, o próprio ambiente escravocrata tinha elementos para estimular o sexo gay, como o excesso da população masculina negra em relação à feminina - "problema" pelo qual os brancos também passavam- e, claro, a dominação do corpo do negro pelos senhores.
Essa dominação se traduzia não apenas no abuso sexual das negras,mas também de integrantes do sexo masculino.



quarta-feira, 13 de julho de 2011

ELEIÇÔES CHEGANDO,VAMOS VOTAR NOS CANDIDATOS NEGROS DO NOSSO BRASIL...

Onde estão os Prefeitos, Governadores e Candidatos Políticos Negros do Brasil...
 
Apesar de a população negra já ter possivelmente ultrapassado a branca no país - segundo projeções feitas pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em 2008 -, a participação do negro em segmentos importantes da sociedade, ainda é mínima. Na política não é diferente. Celso Pitta, eleito em 1996, foi o segundo negro a ser prefeito da cidade de São Paulo. O primeiro foi o advogado Paulo Lauro, que ocupou o cargo entre 1947 e 1948. No Grande ABC, região da Grande São Paulo que concentra municipios industriais, a estatística segue a tendência. Nunca um negro foi eleito para comandar uma prefeitura na região. Os únicos a experimentarem o poder foram Diniz Lopes (sem partido) - que como presidente da Câmara assumiu a Prefeitura de Mauá, interinamente em 2005, em razão de uma briga judicial - e Joel Fonseca (PT), vice em Diadema, que liderou os rumos da cidade nas ocasiões em que o prefeito José de Filippi Júnior esteve ausente. Apenas cerca de 10% das cadeiras nas Câmaras da Grande São Paulo, são ocupadas por negros. Desde o início da década de 80, com o advento do processo de redemocratização no Brasil, o país vem assistindo à emergência de candidaturas negras vencendo corridas eleitorais para cargos do executivo municipal e estadual. Considerando o tradicional padrão de recrutamento político-eleitoral brasileiro, marcado pelo quase monopólio de homens brancos oriundos das elites, os casos de negros eleitos prefeitos de grandes metrópoles e governadores de estados da união, ainda são raros. A eleição de Alceu Collares (PDT-RS), para prefeito da cidade de Porto Alegre no pleito municipal de 1985, primeiras eleições diretas para este cargo pós-1964, dá início ao fenômeno das candidaturas negras em eleições majoritárias no Brasil. Nas eleições estaduais de 1990, Alceu Collares herdeiro político de Leonel Brizola, volta com sucesso e conquista o governo do estado do Rio Grande do Sul, enquanto o empresário capixaba Albuino Azeredo (PDT-ES) vence a corrida eleitoral para o palácio do governo do estado no Espírito Santo. Seis anos depois, nas eleições municipais de 1996, o economista Celso Pitta (PPB-SP) materializa, segundo a imprensa nacional, "o choque político do ano", ao ganhar a prefeitura de São Paulo. Contudo, não somente as candidaturas negras vitoriosas provocaram impactos, mas também as disputas eleitorais envolvendo políticos negros, por trazerem à tona questões usualmente ausentes do debate político e da opinião pública em geral, como, por exemplo, o problema dos preconceitos e desigualdades raciais no Brasil. Destacam-se, neste sentido, as campanhas de Edvaldo Brito (PTB-BA), em 1985, e de Benedita da Silva (PT-RJ), em 1992, às prefeituras das cidades de Salvador e do Rio de Janeiro, respectivamente. Curiosamente, observa-se que foi justamente em estados onde os afro-descendentes constituem-se minoria do eleitorado, como o Rio Grande do Sul, Espírito Santo e São Paulo, que os políticos negros tiveram maior sucesso.
Apesar, do Brasil ser uma sociedade multirracial e multi-étnica, onde os negros representam cerca de 44% da população, as pesquisas destinadas ao estudo dos determinantes sociais do voto e comportamento político raramente incluem questões sobre raça e etnicidade. A desigual presença de brancos e negros em cargos políticos no Brasil, que se perpetua desde os períodos da Primeira República, com o quase monopólio dos brancos, era explicada como decorrente do padrão de participação dos negros na sociedade e do seu padrão de mobilidade social. Vendo a Bahia como exemplo do padrão de relações raciais brasileiro, uma aguda radiografia da situação de brancos e afro-descendentes durante os anos 30 e 40, foi realizada, com financiamento da UNESCO. Percebeu-se que os pretos e mulatos escuros ocupavam os estratos mais baixos da sociedade, enquanto os mulatos claros e brancos se alocavam nas camadas superiores. A mesma situação se encontrava no campo da política, onde negros eram minoria, compondo menos que 10% da presumida elite política baiana da época. Até os anos 50, a política era uma das poucas vias de ascensão social para negros na Bahia. Os outros canais de mobilidade social identificados por ele eram o casamento inter-racial, o comércio e a burocracia. A escolarização e adoção de valores representativos dos brancos eram vistas por este autor como um dos principais passaportes para ascensão social dos negros baianos. A existência de preconceitos raciais, discriminação contra os negros em São Paulo, competição com o imigrante, falta de apoio do Estado e sindicatos, aliado a falta de preparo dos próprios negros, contribuíam, negativamente, para perpetuar as distâncias sociais entre brancos e negros. Enquanto isso, as tentativas dos afro-descendentes de conquistar cargos políticos pareciam ser dificultadas pelos estereótipos contra o negro, sua própria falta de autoestima, e principalmente pela desorganização social e conformismo presente no meio negro. Vinte anos mais tarde, tendo como cenário um Brasil já com forte urbanização e industrialização em algumas regiões do país, são apresentados novos elementos para entender a relação entre o negro e o espaço político no Brasil. Chegou-se à conclusão de que, uma identidade racial fragmentada dos negros e a predominância de projetos individuais de mobilidade social, prejudicavam as aspirações políticas neste grupo.
Até a década de 70, as explicações iniciais para a ausência de negros em cargos políticos no Brasil eram proporcionais à participação e inserção do negro na sociedade. Estudos realizados apontavam que o desinteresse e a apatia do negro com relação às atividades sociais e políticas. A ausência de conflitos raciais no terreno político ocorria exatamente como o próprio problema se colocava na sociedade brasileira, já que existia grande dificuldade de delimitar o raio de influência da raça e da classe nas oportunidades sociais. Baseado em pesquisas realizadas entre os anos 70 e 80, um cientista fez um inventário do número de políticos negros no Congresso Brasileiro e nas principais casas legislativas do país, constatando que havia poucos negros no poder no Brasil. Ele, contudo, afirmava que era incorreto supor, como ele próprio já havia feito anteriormente, que os afro-descendentes não exerciam poder político. Ele notou que os negros possuíam um poder que era exercido por lideranças negras entre os seus pares, no universo das suas organizações (comunitárias, religiosas), nos bairros populares e nas favelas, para manipular o Estado, os partidos ou os políticos. Este poder, podia se materializar, por exemplo, nas eleições quando os votos da "comunidade" eram negociados por promessas de serviços de urbanização dos bairros. O cientista quis chamar a atenção para o fato de que, os negros exercem poder no Brasil. O ponto fundamental era identificar os mecanismos deste poder, suas fontes, instrumentos e locais. Uma outra cientista investigou o comportamento políticos dos negros enquanto candidatos, eleitores e militantes, durante as eleições estaduais paulista de 1982, as primeiras eleições livres depois do regime militar em 1964. Durante esta campanha, os negros apareceram como importantes parceiros políticos no pleito estadual de 1982, em São Paulo. De uma maneira geral, todos os partidos, tentaram atrair os políticos negros para os seus quadros e introduziram em seus programas itens específicos comprometendo-se a lutar em prol das causas dos afro-descendentes. Tais ações tinham, segundo a cientista, o intuito de conseguir votos no meio negro. Cautelosamente, nos seus discursos, a maioria dos candidatos negros em 1982 dirigia suas mensagens a todos os eleitores, tentando evitar rejeição tanto do eleitorado branco quanto do negro. Nos anos 60, uma preocupação que, raras vezes, surgiu foi a de saber como se desenvolve a participação do negro enquanto candidato, tendo em vista os preconceitos que pairavam sobre os afro-descendentes na sociedade brasileira. Os preconceitos contra os negros não apenas lhes dificultavam a obtenção de posições socialmente valorizadas no mercado de trabalho, mas também terminava por desencorajar-lhes a competição em eleições. No final dos anos 80, observando o cenário que se desenhava na cidade de Salvador, era significativo o número de candidatos negros disputando uma das 33 cadeiras da Câmara Municipais de Salvador em 1988. Sendo Salvador um cidade cuja maioria da população é negra (78%), mas que os cargos de poder político tem sido, historicamente, monopolizados por políticos brancos, a percepção do aparecimento de um poder cultural negro - representado pelo surgimento de associações culturais, religiosas, políticas e carnavalescas - tentando construir uma identidade positiva para os afro-descendentes revelava a politização da questão racial na Bahia. Nas eleições de 1992, por exemplo, dos 1149 candidatos que disputaram as eleições, mais da metade era negro. Surpreendentemente, apenas 10% dos candidatos faziam apelos à identidade étnica como estratégia eleitoral ou viam a questão racial como um problema político. Sendo em sua maioria políticos oriundos de movimentos sociais urbanos, de associações profissionais ou religiosas, suas propostas políticas buscavam, freqüentemente, resolver problemas específicos de suas "comunidades". Apesar da expressividade do fenômeno das candidaturas negras a cargos majoritários na vida política do país nos últimos anos, nota-se que as Ciências Sociais no Brasil não lhes têm dado a devida atenção enquanto objeto de estudo, seja na área de estudos sobre relações raciais, seja no campo de pesquisas sobre política e eleições. Isto se explica em parte, pela existência dos preconceitos étnicos e raciais, que os negros são indivíduos destituídos de qualidades para o exercício do poder e da riqueza; pela predominância de interpretações que viam o padrão de participação dos negros na política como subproduto e, portanto incapacitados às disputas dos cargos políticos. Uma frente de estudos poderia buscar compreender os condicionadores do comportamento do negro na política, do seu processo de inserção nos espaços do poder, dos problemas que enfrenta e das estratégias que utiliza para participar deste campo. O desenvolvimento de pesquisas de políticas comparadas, tão pouco utilizada no Brasil, também constituí-se em método muito útil, pois oferceria oportunidades de perceber os padrões de participações do negro em distintos cenários político-eleitorais, culturas políticas, arranjos políticos partidários e estruturas sócio-econômicas.
Fonte: Desafios Ipea
Ipp - UERJ

quarta-feira, 6 de julho de 2011

SOMOS MULHERES E SÓ QUEREMOS AMOR...BASTA DE VIOLÊNCIA

No Brasil, as mulheres negras e indígenas carregam uma pesada herança histórica de abuso e violência sexual, tendo sido por séculos tratadas como máquinas de trabalho e sexo, sem os direitos humanos básicos.
 
BASTA DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER SEJA ELA NEGRA,POBRE,INDIA...
VAMOS LUTAR ATÉ CONSEGUIR...
 
Violência contra as mulheres negras e indígenas


Casa de Cultura da Mulher Negra e do Instituto Socioambiental.Instituto Promundo, Instituto Noos e Instituto Papai




Hoje, as mulheres negras e indígenas sofrem uma dupla discriminação - a de gênero e a racial - acrescida de uma terceira, a de classe, por serem em sua maioria mulheres pobres.
Todos esses fatores aumentam a vulnerabilidade dessas mulheres, que muitas vezes enfrentam a violência não apenas fora, mas também dentro de suas casas.
Saiba mais nos sites da
 
 

Ela acontece porque em nossa sociedade muita gente ainda acha que o melhor jeito de resolver um conflito é a violência e que os homens são mais fortes e superiores às mulheres. É assim que, muitas vezes, os maridos, namorados, pais, irmãos, chefes e outros homens acham que têm o direito de impor suas vontades às mulheres.
Embora muitas vezes o álcool, drogas ilegais e ciúmes sejam apontados como fatores que desencadeiam a violência contra a mulher, na raiz de tudo está a maneira como a sociedade dá mais valor ao papel masculino, o que por sua vez se reflete na forma de educar os meninos e as meninas. Enquanto os meninos são incentivados a valorizar a agressividade, a força física, a ação, a dominação e a satisfazer seus desejos, inclusive os sexuais, as meninas são valorizadas pela beleza, delicadeza, sedução, submissão, dependência, sentimentalismo, passividade e o cuidado com os outros.
Por que muitas mulheres sofrem caladas?
Estima-se que mais da metade das mulheres agredidas sofram caladas e não peçam ajuda. Para elas é difícil dar um basta naquela situação. Muitas sentem vergonha ou dependem emocionalmente ou financeiramente do agressor; outras acham que "foi só daquela vez" ou que, no fundo, são elas as culpadas pela violência; outras não falam nada por causa dos filhos, porque têm medo de apanhar ainda mais ou porque não querem prejudicar o agressor, que pode ser preso ou condenado socialmente. E ainda tem também aquela idéia do "ruim com ele, pior sem ele".
Muitas se sentem sozinhas, com medo e vergonha. Quando pedem ajuda, em geral, é para outra mulher da família, como a mãe ou irmã, ou então alguma amiga próxima, vizinha ou colega de trabalho. Já o número de mulheres que recorrem à polícia é ainda menor. Isso acontece principalmente no caso de ameaça com arma de fogo, depois de espancamentos com fraturas ou cortes e ameaças aos filhos.
O que pode ser feito?
As mulheres que sofrem violência podem procurar qualquer delegacia, mas é preferível que elas vão às Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher (DDM). Há também os serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.
A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nas Defensorias Públicas e Juizados Especiais, nos Conselhos Estaduais dos Direitos das Mulheres e em organizações de mulheres.
Como funciona a denúncia
Se for registrar a ocorrência na delegacia, é importante contar tudo em detalhes e levar testemunhas, se houver, ou indicar o nome e endereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a de seus familiares (filhos, pais etc.) está em risco, ela pode também procurar ajuda em serviços que mantêm casas-abrigo, que são moradias em local secreto onde a mulher e os filhos podem ficar afastados do agressor.
Dependendo do tipo de crime, a mulher pode precisar ou não de um advogado para entrar com uma ação na Justiça. Se ela não tiver dinheiro, o Estado pode nomear um advogado ou advogada para defendê-la.
Muitas vezes a mulher se arrepende e desiste de levar a ação adiante.
Em alguns casos, a mulher pode ainda pedir indenização pelos prejuízos sofridos. Para isso, ela deve procurar a Promotoria de Direitos Constitucionais e Reparação de Danos.
além das Delegacias da Mulher, a Delegacia de Proteção ao Idoso e o GRADI (Grupo de Repressão e Análise dos Delitos de Intolerância) também podem atender as mulheres que sofreram violência, sejam elas idosas ou não-brancas, homossexuais ou de qualquer outro grupo que é considerado uma "minoria". No caso da violência contra meninas, pode-se recorrer também às Delegacias de Proteção à Criança e ao Adolescente.
Violência contra idosos, crianças e mulheres negras -



Tipos de violência
Violência contra a mulher
Fases da violência doméstica
As fases da situação de violência doméstica compõem um ciclo que pode se tornar vicioso, repetindo-se ao longo de meses ou anos.
Primeiro, vem a fase da tensão, que vai se acumulando e se manifestando por meio de atritos, cheios de insultos e ameaças, muitas vezes recíprocos. Em seguida, vem a fase da agressão, com a descarga descontrolada de toda aquela tensão acumulada. O agressor atinge a vítima com empurrões, socos e pontapés, ou às vezes usa objetos, como garrafa, pau, ferro e outros. Depois, é a vez da fase da reconciliação, em que o agressor pede perdão e promete mudar de comportamento, ou finge que não houve nada, mas fica mais carinhoso, bonzinho, traz presentes, fazendo a mulher acreditar que aquilo não vai mais voltar a acontecer.
É muito comum que esse ciclo se repita, com cada vez maior violência e intervalo menor entre as fases. A experiência mostra que, ou esse ciclo se repete indefinidamente, ou, pior, muitas vezes termina em tragédia, com uma lesão grave ou até o assassinato da mulher.
Homens e a violência contra a mulherA violência é muitas vezes considerada como uma manifestação tipicamente masculina, uma espécie de "instrumento para a resolução de conflitos".
Os papéis ensinados desde a infância fazem com que meninos e meninas aprendam a lidar com a emoção de maneira diversa. Os meninos são ensinados a reprimir as manifestações de algumas formas de emoção, como amor, afeto e amizade, e estimulados a exprimir outras, como raiva, agressividade e ciúmes. Essas manifestações são tão aceitas que muitas vezes acabam representando uma licença para atos violentos.
Existem pesquisas que procuram explicar a relação entre masculinidade e violência através da biologia e da genética. Além da constituição física mais forte que a das mulheres, atribui-se a uma mutação genética a capacidade de manifestar extremos de brutalidade e até sadismo.
Outros estudos mostraram que, para alguns homens, ser cruel é sinônimo de virilidade, força, poder e status. "Para alguns, a prática de atos cruéis é a única forma de se impor como homem", afirma a antropóloga Alba Zaluar, do Núcleo de Pesquisa das Violências na Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
Saiba mais sobre masculinidades e violência acessando os sites do
 
Violência e saúde (física e psicológica)A violência contra a mulher, além de ser uma questão política, cultural, policial e jurídica, é também, e principalmente, um caso de saúde pública. Muitas mulheres adoecem a partir de situações de violência em casa.
Muitas das mulheres que recorrem aos serviços de saúde, com reclamações de enxaquecas, gastrites, dores difusas e outros problemas, vivem situações de violência dentro de suas próprias casas.
A ligação entre a violência contra a mulher e a sua saúde tem se tornado cada vez mais evidente, embora a maioria das mulheres não relate que viveu ou vive em situação de violência doméstica. Por isso é extremamente importante que os/as profissionais de saúde sejam treinadas/os para identificar, atender e tratar as pacientes que se apresentam com sintomas que podem estar relacionados a abuso e agressão.

Violência e saúde mentalA mulher não deve ser vista apenas como uma "vítima" da violência que foi provocada contra ela, mas como elemento integrante de uma relação com o agressor que ocorre em um contexto bastante complexo, que às vezes se transforma em uma espécie de jogo em que a "vítima" passa a ser "cúmplice".
A mulher às vezes faz uma denúncia formal contra o agressor em uma delegacia especializada para, logo depois, retirar a queixa. Outras vezes, ela foge para uma casa-abrigo levando consigo as crianças por temer por suas vidas e, algum tempo depois, volta ao lar, para o convívio com o agressor. São situações que envolvem sentimentos, forças inconscientes, fantasias, traumas, desejos de construção e destruição, de vida e de morte.
Leia mais no artigo "Saúde mental e violência", de
Leia sobre as conseqüências psicológicas da
Saiba mais sobre a relação entre violência e saúde em Violência contra a mulher e saúde no
O custo econômico da violência domésticaSegundo dados do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento:
Paula Francisquetti no site do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde, em pdf.violência doméstica e da violência sexual contra as mulheres.Brasil e em Violencia, género y salud.·


Um em cada 5 dias de falta ao trabalho no mundo é causado pela violência sofrida pelas mulheres dentro de suas casas.· A cada 5 anos, a mulher perde 1 ano de vida saudável se ela sofre violência doméstica.· O estupro e a violência doméstica são causas importantes de incapacidade e morte de mulheres em idade produtiva.· Na América Latina e Caribe, a violência doméstica atinge entre 25% a 50% das mulheres.· Uma mulher que sofre violência doméstica geralmente ganha menos do que aquela que não vive em situação de violência.· No Canadá, um estudo estimou que os custos da violência contra as mulheres superam 1 bilhão de dólares canadenses por ano em serviços, incluindo polícia, sistema de justiça criminal, aconselhamento e capacitação.· Nos Estados Unidos, um levantamento estimou o custo com a violência contra as mulheres entre US$ 5 bilhões e US$ 10 bilhões ao ano.· Segundo o Banco Mundial, nos países em desenvolvimento, estima-se que entre 5% a 16% de anos de vida saudável são perdidos pelas mulheres em idade reprodutiva como resultado da violência doméstica.·
 
Um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento estimou que o custo total da violência doméstica oscila entre 1,6% e 2% do PIB de um país.
 
Violência de gênero - violência sofrida pelo fato de se ser mulher, sem distinção de raça, classe social, religião, idade ou qualquer outra condição, produto de um sistema social que subordina o sexo feminino.
Violência doméstica - quando ocorre em casa, no ambiente doméstico, ou em uma relação de familiaridade, afetividade ou coabitação.

Violência familiar - violência que acontece dentro da família, ou seja, nas relações entre os membros da comunidade familiar, formada por vínculos de parentesco natural (pai, mãe, filha etc.) ou civil (marido, sogra, padrasto ou outros), por afinidade (por exemplo, o primo ou tio do marido) ou afetividade (amigo ou amiga que more na mesma casa).Violência física - ação ou omissão que coloque em risco ou cause dano à integridade física de uma pessoa.
Violência institucional - tipo de violência motivada por desigualdades (de gênero, étnico-raciais, econômicas etc.) predominantes em diferentes sociedades. Essas desigualdades se formalizam e institucionalizam nas diferentes organizações privadas e aparelhos estatais, como também nos diferentes grupos que constituem essas sociedades.
Violência intrafamiliar/violência doméstica - açontece dentro de casa ou unidade doméstica e geralmente é praticada por um membro da família que viva com a vítima. As agressões domésticas incluem: abuso físico, sexual e psicológico, a negligência e o abandono.Violência moral - ação destinada a caluniar, difamar ou injuriar a honra ou a reputação da mulher.
Violência patrimonial - ato de violência que implique dano, perda, subtração, destruição ou retenção de objetos, documentos pessoais, bens e valores.
Violência psicológica - ação ou omissão destinada a degradar ou controlar as ações, comportamentos, crenças e decisões de outra pessoa por meio de intimidação, manipulação, ameaça direta ou indireta, humilhação, isolamento ou qualquer outra conduta que implique prejuízo à saúde psicológica, à autodeterminação ou ao desenvolvimento pessoal.
Violência sexual - acão que obriga uma pessoa a manter contato sexual, físico ou verbal, ou a participar de outras relações sexuais com uso da força, intimidação, coerção, chantagem, suborno, manipulação, ameaça ou qualquer outro mecanismo que anule ou limite a vontade pessoal. Considera-se como violência sexual também o fato de o agressor obrigar a vítima a realizar alguns desses atos com terceiros.
Consta ainda do Código Penal Brasileiro: a violência sexual pode ser caracterizada de forma física, psicológica ou com ameaça, compreendendo o estupro, a tentativa de estupro, o atentado violento ao pudor e o ato obsceno.




- é qualquer conduta - ação ou omissão - de discriminação, agressão ou coerção, ocasionada pelo simples fato de a vítima ser mulher e que cause dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico ou perda patrimonial. Essa violência pode acontecer tanto em espaços públicos como privados.

 
 
De onde vem a violência contra a mulher?

sexta-feira, 1 de julho de 2011

MENINO JUAM,NEGRO,FAVELADO E PODRE PRECISA DE MAIS ALGUMA COISA...RACISMO,PRECONCEITO,CRIME,JUSTIÇA JÀ!!!

 



Caso Juan: corpo de menino desaparecido desde operação policial na Baixada pode ter sido enterrado dentro da própria

Se Juan fosse um filho de ministro já teria aparecido



O EPISÒDIO...
O corpo do menino Juan de Moraes, de 11 anos, que desapareceu no último dia 20 após uma operação policial na favela do Danon, em Nova Iguaçu , pode estar enterrado dentro da própria comunidade, em uma cachoeira, segundo informações que chegaram ao disque-denúncia do 20º BPM. O comandante do Batalhão, coronel Sérgio Mendes, informou ainda que espera que a família de Juan leve uma camisa dele ainda nesta terça ao batalhão, para que a busca ao corpo seja reforçada por cães farejadores.
O irmão de Juan, Wesley de Moraes, de 14 anos, está internado no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes depois de ter sido baleado na mesma operação policial. O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Freixo (PSOL), chegou no fim da manhã desta terça-feira ao hospital, em Duque de Caxias, para conversar com a família dos adolescentes sobre uma possível inclusão no programa de proteção à testemunha.
Uma perícia realizada ontem pelo próprio diretor do Instituto de Criminalística Carlos Éboli, Sérgio da Costa Henriques, localizou vestígios que podem ser de sangue humano em cinco viaturas da PM que teriam sido usadas para transportar os policiais que atuaram na operação. Um levantamento via GPS solicitado pela 56ª DP (Comendador Soares), que investiga o caso, confirmou a presença dos veículos na favela Danon . Novos exames serão feitos para verificar o material encontrado é mesmo sangue humano. Em caso de confirmação, a família de Juan será chamada para a coleta de DNA. Ainda não há previsão de quando será concluído o laudo pericial.
Ainda nesta terça-feira, o defensor público da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, Alberto Araújo, deve entrar com um pedido de liberdade provisória para Wanderson dos Santos de Assis, de 19 anos, que está internado sob-custódia da polícia também no Hospital Adão Pereira Nunes. A Polícia Militar afirma que o rapaz é traficante e participou do tiroteio, mas parentes alegam que ele trabalha e estuda.
A Defensoria Pública participou do encontro promovido pela Comissão de Direitos Humanos da Alerj, na manhã de segunda-feira, para discutir o caso Juan. Participaram da reunião a mãe de Juan e Weslley, Rosinéia Maria de Moares, de 31 anos, o irmão de Rosinéia, Carlos de Moraes, de 28, o pai de Wanderson, José Antônio de Assis, de 59 anos.

O sumiço do menino Juan foi marcado por contradições. Na sexta-feira passada, o comandante do 20º BPM (Mesquita), tenente-coronel Sérgio Luiz Mendes, informou que as armas dos policiais não haviam sido periciadas pela Polícia Civil. Na segunda-feiras, no entanto, ele voltou atrás e afirmou que só foi informado após a perícia. Até sábado, a informação era de que o local onde houve a troca de tiros não havia sido periciado. Na segunda-feira, por meio da assessoria de imprensa da Polícia Civil, o delegado da 56ª DP, Cláudio Nascimento informou que "todas as perícias que deveriam ser feitas foram realizadas semana passada. O local do crime era muito grande e não foram encontrados vestígios do crime".


 
 
Opinião dos internautas!!!
 
A à investigação. Na minha opinião, a demora foi uma tentativa de que o caso caísse no esquecimento, mas como isso não ocorreu, devido as manisfestações ocorridas (eu presenciei), então decidiram investigar, todavia como ocorre em muitos casos, daqui há algum tempo cansarão de procurar. As investigações por aqui vão cessar e o menino Juam se tornará mais um número nas estatísticas, mas a família, essa sim, será a única que não esquecerá. Terá que conviver com a dor da saudade da impunidade tão frequente em nosso país, e quando a mãe dele passar por mim verei em seus olhos a tristeza eterna. É fácil criticar os país, defender quem sumiu com o menino.
Infelismente mas um caso para a estatistica de violencia do Rio de Janeiro, mas uma atrocidade cometida por bandidos de fardas, assim como o caso da engenheira Patricia, até quando essa "Polícia Militar" que tem a função de dar proteção para a população cometerá crimes. Assim como Juan, outras pessoas morrem vitimas da policia, o Rio de janeiro tem uma das policias mais Violentas e truculentas em abordagem no Brasil, o curso de formação do CEFAP ensina-os a matar, roubar e destruir as provas. A população pobre fica refém destes bandidos de farda. Quando vejo um PM na rua sinto medo e nojo, e penso que posso ser a proxima vitima. isso é lamentável...
 
Mais un negro,vitima de preconceito até quando...
Me entristeço em saber que ser negro,infelizmente ainda é ser delinquente,imoral,viciado etc...
precisamos mudar esse conceito,vamos nos unir isso precisa acabar já!!!!!
 
Alguns textos e protestos tirados da web:
 
Depois de um tiroteio entre traficantes e a polícia do Rio de Janeiro, o menino Juan de Moraes, de 11 anos, foi baleado e desapareceu da comunidade Danon, em Nova Iguaçu.
A grande questão é: onde está Juan? Quem levou a criança da cena do crime? O irmão dele foi ferido, mas passa bem.
Foram encontradas manchas de sangue em carros da polícia.

Brasileiros, devemos nos indignar com tais abusos de autoridade, combatê-los e cobrar o esclarecimento e a punição exemplar dessa escória que mancha a reputação de milhares de policiais que dão a vida para nos proteger.
@reporterdecrime, perfil do Twitter mantido pelo jornalista d’O Globo, Jorge Antonio Barros, lançou no microblog a hashtag #OndeestáJuan. A ideia é cobrar das autoridades o esclarecimento do crime e a entrega imediata dos responsáveis pelo desaparecimento da criança.