AMIGOS DA BLACK

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NOSSA RAIZ,NOSSA HONRA

terça-feira, 31 de maio de 2011

O PODER DESTRUDOR DO CRACK.




Me causa pânico,medo,tristeza, dor,saber que nossos jovens negros tão discriminados pela sociedade,se refugiam nas drogas e descobrem um caminho sem volta...


Custos Sociais do Uso da Cocaína(Crack)

O consumo de drogas é um dos mais importantes problemas de saúde pública no mundo atual. Provoca sérias conseqüências na saúde individual, com dramáticas repercussões familiares, profissionais, sociais, econômicas e ambientais.
Um documento da ONU (1998) lista alguns desses impactos provocados pelas drogas ilícitas:
• Os custos identificáveis do abuso de drogas, incluindo crimes, imposições legais e gastos com serviços de saúde abrangem de 0,5 a 1,3 % do PIB na maioria dos principais países consumidores.
• Com as céleres transformações econômicas e sociais nas últimas décadas houve um aumento no consumo de drogas entre crianças e mulheres tanto nos países desenvolvidos quanto nos subdesenvolvidos. Considerando que muitas mulheres usuárias estão em idade reprodutiva, os efeitos nos fetos são uma crescente preocupação.
• Há um aumento no envolvimento das mulheres na produção ilícita e no tráfico de drogas. Elas são predominantes ceifeiras de ópio na Ásia ou das folhas de coca na América do Sul.
• Enquanto o uso de cocaína pode levar a elevadas taxas de crimes relacionados à aquisição de drogas, os seus consumidores também podem praticar uma ampla variedade de crimes não relacionados às drogas e atividades não criminosas para sustentar o seu uso. • Há elevadas taxas de abusadores de drogas entre médicos, enfermeiros, militares, executivos, motoristas de caminhões, pilotos e trabalhadores nas linhas de montagem.
• Devido ao aumento do consumo global de drogas ilícitas, a mortalidade relacionada ao abuso de substâncias mais do que triplicou na última década. Dados recentes sugerem que o uso de substâncias injetáveis é responsável por entre 100 mil a 200 mil mortes por ano.
• Durante o cultivo de coca e da papoula do ópio, houve um aumento do emprego de poderosos herbicidas, pesticidas e fertilizantes, freqüentemente sem conhecimento técnico dos seus usos e potenciais efeitos danosos ao ambiente.
• A intensificação do cultivo da coca na planície alagada de Hualaga e nas colinas baixas adjacentes no Peru, assim como uma vigorosa expansão dentro das florestas montanhosas, é responsável pela aniquilação de um milhão de hectares dos recursos da floresta tropical.
• A destruição da floresta Amazônica pelo cultivo de coca contribui para a perda de raras espécies de plantas das quais futuras drogas farmacêuticas e outras substâncias benéficas poderiam ser desenvolvidas; tendo em vista que um sexto dos medicamentos prescritos possuem um princípio químico originado de uma planta tropical.

Nos Estados Unidos, o National Institute of Drug Abuse (NIDA) estima que em 2000 as drogas ilícitas custaram ao país cerca de 160 bilhões de dólares.
• US$ 110 bilhões em perda de produtividade
• US$ 12.9 bilhões em custos de cuidados de saúde
• US$ 35 bilhões em outros custos, tais como esforços para obstruir a circulação das drogas.

Além disso, houve outros custos para a sociedade:
• Disseminação de doenças infecciosas como HIV/AIDS e hepatite C através do compartilhamento de seringas ou prática de sexo inseguro.
• Mortes devidas à overdose ou outras complicações pelo uso de drogas
• Efeitos nos filhos de gestantes usuárias de drogas
• Outros efeitos como o crime e prisões.

Por outro lado, no Canadá o estudo "The Costs of Substance Abuse in Canada in 2002" estima que nesse ano os encargos ocasionados pelo abuso de substâncias, medidos em serviços de saúde, imposições legais, perda de produtividade, no trabalho ou em casa, resultado de morte prematura ou seqüelas, teve para o país um custo social de 39,8 bilhões de dólares. Examina o impacto do abuso de drogas em termos de mortes, doenças e custos econômicos provocados, total ou parcialmente, pelo abuso de tabaco, álcool e drogas ilícitas.
Em termos econômicos, o estudo avalia que o abuso ocorre quando o uso de substâncias impõe custos à sociedade que excedem os custos para o usuário obter a substância. Tais custos são denominados de custos "sociais".
O abuso de drogas representa um escoadouro na economia dos países e quatro razões são apontadas para se estimar tal custo social:
1- Estimativas econômicas são freqüentemente utilizadas para argumentar que deveria ser dada uma alta prioridade para as políticas relacionadas ao álcool, tabaco e outras drogas.
2- Os custos estimados auxiliam a abordar de modo apropriado os problemas relacionados ao abuso de drogas e propor políticas específicas para eles.
3- Os estudos de custos ajudam a identificar lacunas de informação, pesquisas necessárias e refinamentos desejáveis nos sistemas nacionais de relatos estatísticos.
4- O desenvolvimento de melhores estimativas mais precisas sobre esses custos pode fornecer medidas para determinar referências sobre a efetividade dos programas e políticas de drogas.
O estudo canadense relaciona duas categorias básicas de custos sociais associados com abuso de substâncias: custos diretos e indiretos.
Os principais custos diretos são:
1- Os cuidados de saúde são os maiores custos diretos incluindo os atendimentos agudos e hospitalizações psiquiátricas, tratamento especializado hospitalar e ambulatorial, atendimento médico e medicamentos.
2- Custos voltados ao cumprimento das leis – incluídos os relacionados a crimes associados às drogas, tais como posse de drogas, cultivo ou venda de substâncias ilícitas. Também os crimes parcialmente atribuíveis às drogas, como roubos ou assaltos praticados por dependentes para comprar as drogas; ou aqueles praticados por indivíduos intoxicados, que se comportam de modo diferente do habitual.
3- Custos com pesquisas e prevenção do uso de substâncias e outros custos como danos por incêndios, acidentes de automóveis e custos nas empresas relacionados a programas de assistência aos empregados e teste de uso de drogas.

Os principais custos indiretos abordados pelos canadenses referem-se à perda de produtividade no trabalho ou em casa, que são difíceis de calcular. Se uma pessoa precocemente morre ou torna-se incapaz de trabalhar por uma doença ou trauma devido ao abuso de drogas, a contribuição econômica que ela poderia fazer à sociedade é reduzida ou eliminada.
Embora as mortes de canadenses estejam mais associadas ao consumo de álcool e tabaco do que ao uso de drogas ilícitas, estas mortes por drogas ilícitas tendem a atingir mais pessoas jovens provocando um impacto maior em termos de anos de vida perdidos.
Em 2002 um total de 1.695 canadenses morreu como resultado do uso de substâncias ilícitas (cocaína e heroína), representando 0,8% do total de mortes. As principais causas dessas mortes foram overdose (958), suicídio (295), hepatite C (165). As mortes relacionadas ao uso de drogas ilícitas resultaram na perda 62.110 potenciais anos de vida; e as doenças atribuíveis a esse uso computam 352.121 dias de cuidados em hospitais.
Os custos atribuíveis às drogas ilícitas em 2002 no Canadá foram estimados em aproximadamente 8,2 bilhões de dólares. Isso representa 20,7% do total de custos do abuso de substâncias. O maior custo econômico foi de 4,7 bilhões por perda de produtividade devido a doenças e morte prematura, 2,3 bilhões por sanções legais e mais de 1,1 bilhão em custos diretos em cuidados de saúde.
De modo geral, as perdas de produtividade constituem a maior parte dos custos sociais.
A Forma de Crack
Podemos obter uma boa dimensão das repercussões que a cocaína determina em uma sociedade, especialmente a partir do surgimento do seu consumo na forma de crack, no estudo "Measuring the Impact of CrackCocaine" (Fryer, 2006) que avalia esse impacto no Estados Unidos.
O estudo aponta que uma ampla escala de indicadores sociais que vinham se desenvolvendo favoravelmente para a comunidade negra, tornou-se negativa nos anos 80 e começou a recuperar-se fortemente uma década depois. Os autores resolveram explorar se a ascensão e a queda do crack poderia explicar esses padrões.
Os dados demonstram que entre 1984-1994 a taxa de homicídios para negros do sexo masculino com idade entre 14-17 anos mais que dobrou e as taxas de homicídios para homens negros entre 18-25 anos também aumentou. No mesmo período a taxa de homicídio para homens negros com 25 anos ou mais era essencialmente plana. No ano 2000, as taxas de homicídio caíram bem abaixo dos níveis iniciais dos anos 80 para quase todos os grupos etários.
Além do homicídio outros resultados exibiram flutuações no mesmo período na comunidade negra, tais como:
- as taxas de mortalidade fetal e prisões por armas aumentaram mais de 25%,
-o número de crianças vivendo em instituições de abrigo – mais que dobrou
- o número de bebês com baixo peso de nascimento, aumentou 5%.

Entre os brancos houve poucas evidências de choques adversos paralelos. O desempenho pobre dos negros em relação aos brancos representa uma interrupção de décadas de convergência nos indicadores entre brancos e negros em muitas dessas medidas.
Os autores afirmam que as concomitantes elevações e quedas nos resultados tão discrepantes como homicídios em jovens, bebês com baixo peso de nascimento e números de instituições abrigos apresentam-se como um quebra-cabeça, especialmente quando muitos padrões econômicos e medidas do mercado de trabalho para negros não mostram nenhuma tendência de desvio óbvio no mesmo período. Por isso decidiram examinar a importância que um único fator subjacente – crack cocaína – poderia ter sobre a flutuação em todos esses resultados.
Como faltava uma medida direta da prevalência de crack, os autores construíram um índice baseado em uma série de substitutos indiretos (prisões por cocaína, atendimentos em salas de emergência por uso de cocaína, mortes induzidas por cocaína, citações de crack em jornais, apreensões de drogas pela Drug Enforcement Administration).
O índex de crack criado pelos autores reproduziu muito dos padrões espaciais e temporais nas descrições etnográficas e populares da epidemia de crack.
Os autores entendem que os índices por eles criados tanto podem explicar muito do aumento dos homicídios em jovens negros, como a elevação moderada em uma grande série de maus resultados em nascimentos de bebês negros nos anos 80.
Apesar dos índices terem permanecido elevados nos anos 90, os impactos sociais deletérios do crack desapareceram. E para os estudiosos uma das interpretações para esse resultado é que as transformações ao longo do tempo no comportamento, no mercado de crack e na população usuária de crack mitigaram os impactos danosos dessa droga.
Por fim, os autores sugerem que os enormes custos sociais do crack têm sido associados mais à violência relacionada à proibição do que ao uso per se.
O estudo demonstra que características da cocaína determinaram seu mercado e o modo de consumo. O mesmo ocorreu com o surgimento do crack, que por sua composição, características farmacológicas e via de administração provocou uma transformação radical, pelo menos nos primeiros anos de seu surgimento, no mercado consumidor e nos seus conseqüentes custos sociais, como veremos a seguir.
Nos anos 70, nos Estados Unidos, a cocaína emergiu com uma droga recreacional popular, mas de custo elevado. O preço do pó puro de cocaína nas ruas em 2004 seria de U$ 300 a 600 o grama, o que leva a duas importantes implicações:
1) os usuários estão concentrados entre os muito ricos;
2) a compra de cocaína no varejo requer centenas de dólares porque é impraticável negociar em frações de grama.

O crack é uma variação da cocaína – que é dissolvida em água adicionada com soda cáustica e calor. Essa mistura quando seca, toma a forma de duras pedras fumáveis. Uma pedra de crack que cotem um décimo de grama de cocaína pura é vendida por 10 dólares nas ruas e produz uma efeito intenso, mas que dura pouco (apenas 15 minutos).
O crack é uma importante inovação tecnológica em muitos aspectos:
1) o crack pode ser fumado, que é um meio efetivo para se atingir o efeito farmacológico da droga.
2) Pode ser vendido em pequenas unidades contendo frações de cocaína pura, abrindo o mercado para consumidores que querem gastar U$ 10 de cada vez.
3) Tem um alto poder dependógeno e seus efeitos são fortes e de curta duração, criando um grande contingente de usuários desejando comprar as pedras em alta freqüência.
4) Os lucros associados com a sua venda rapidamente eclipsaram o de outras drogas.
5) O crack é vendido em grandes volumes em lugares abertos, na rua, entre traficantes e consumidores que não se conhecem.

A descrição do impacto do crack na sociedade americana mostra que essa droga estava concentrada nas cidades centrais, principalmente naquelas com grande população negra e hispânica. Dentre as com maiores prevalências de crack são citadas: Newark, São Francisco, Fildadélfia, Atlanta e Nova Yorque. Embora essa droga tenha chegado rápido na costa oeste os impactos foram mais sentidos no nordeste e estados do médio Atlântico. O meio-oeste teve baixas taxas de crack.
Os índices estão fortemente relacionados com uma lista de indicadores sociais:
- o nascimento do crack em 1984-89 está associado com o dobro de homicídios vitimando negros entre 14-17, 30% de aumento para negros de 18-24 anos e 10% de aumento para negros de 25 anos ou mais.
O aumento do crack pode explicar 20 a 100% da elevação observada entre os negros de nascimentos de bebês com baixo peso, morte fetal, mortalidade infantil e mães solteiras, em grandes cidades entre 1984 e 1989.
O impacto do crack em brancos é pequeno e estatisticamente insignificante.
Estima-se que o crack está associado com 5% do aumento em todos os crimes violentos e contra a propriedade em grandes cidades entre 1984 e 1989.
Para os autores, três fatores podem estar relacionados à devastação que o crack provocou na comunidade negra.
1) Gangues de rua que já controlavam os espaços exteriores, tornaram-se os vendedores de crack. A violência, que é o primeiro meio para se estabelecer o território e a propriedade da droga e seu comércio, cresceu de modo dramático, e potencialmente levou ao agudo aumento da violência na juventude negra.
2) A recompensa elevada pela venda da droga atraiu os jovens negros para as gangues e pode ter reduzido o interesse desses jovens pela sua educação.
3) Uma grande fração de usuários de crack era de meninas e jovens negras. A prostituição era comum entre elas, potencializando a disseminação da AIDS e o nascimento indesejável de bebês de baixo peso – os "crackbabies".
Pais e mães dependentes de crack, que freqüentemente são presos, têm menor probabilidade de oferecer lares saudáveis e protetores para as crianças, ocasionando perda do pátrio poder.
Entretanto, o elo entre o crack e os resultados sociais adversos enfraquece no decorrer do tempo. Tanto que, embora o uso de crack permanecesse em níveis elevados nos anos 90, a relação entre crack e resultados sociais indesejáveis desapareceu.
Para os autores, a hipótese da separação entre crack e violência pode estar associada com o declínio da lucratividade da distribuição do crack, que levou ao declínio da competição violenta entre os traficantes.

Na Austrália, um extenso estudo apresenta uma relação de áreas onde os custos sociais pelo abuso de drogas podem ser medidos:
• Perda de produtividade na força de trabalho paga:
- redução da força de trabalho
- absenteísmo
- produtividade no trabalho
• Perda da produtividade no setor doméstico
• Custos hospitalares
• Assistência domiciliar de doentes
• Custos farmacêuticos
• Custos com ambulâncias
• Incêndios provocados por cigarros
• Acidentes de automóveis
• Dor e sofrimento
• Programas de pesquisa, educação e prevenção
• Custos dos crimes relacionados ao uso de drogas
- policiamento
- cortes criminais
- prisões
- alfândega
- perda de produtividade dos presos
- serviços de segurança privada e segurança de casas
- roubo de propriedades
- violência
- lavagem de dinheiro
- despesas judiciais

Tais custos sociais relacionados ao consumo drogas são classificados pelos economistas em dois tipos principais:
1) tangíveis – aumento de despesas médicas, custos dos processos judiciais, de prisões, perda de produtividade.
2) intangíveis – sofrimento emocional, psíquico das vítimas e de seus familiares, mortes das vítimas por abuso das substâncias, ou devidas à violência no narcotráfico.

Os resultados obtidos por esse estudo indicam que na Austrália entre 1998-1999 os custos sociais tangíveis devidos ao uso de tabaco representaram 7,6 bilhões de dólares, pelo álcool 5,5 bilhões e pelas drogas ilícitas 5,1 bilhões. Sendo que os crimes constituem a maior proporção dos custos relacionados às drogas ilícitas.
No mesmo período os custos intangíveis pelo tabaco foram de 13,5 bilhões, pelo álcool 2,0 bilhões e pelas drogas ilícitas 969 milhões de dólares.
Assim, do total de 34, 4 bilhões de dólares em custos sociais pelo abuso de drogas, o tabaco contribuiu com 21,1 bilhões, o álcool com 7,6 bilhões e as drogas ilícitas com 6,1 bilhões de dólares.
Estudos realizados nos Estados Unidos apontam as fortes repercussões que o abuso de drogas acarreta na área criminal, que são a seguir resumidas:

Custos sociais do crime
Estupros, assassinatos, roubos, furtos, arrombamentos, jogos, falsificações, prostituição, violação da lei de drogas, tráfico, proteção (segurança).
Quase 40% dos usuários de crack-cocaína relatam que cometem crimes para obter a droga (BOYUM and KLEIMAN, 1995) e entre 50 a 80% dos indivíduos que são presos por crimes não relacionados às drogas apresentam testes positivos para drogas no momento que são presos (FREEMAN, 1996).
KUJMAR (1997) relata que a maioria dos estudos avalia diversos custos sociais relacionados ao uso de drogas, focando principalmente, na prisão, proteção policial, perda patrimonial, despesas médicas a outros custos intangíveis. Mas esses estudos não consideraram a dor e o sofrimento infligidos às vítimas dos crimes e às suas famílias, bem como outras perdas intangíveis sofridas pelas vítimas.
O estudo divide os custos sociais relacionados aos crimes em quatro categorias principais
1) Custos das vítimas:
Incluem cuidados médicos, perda de salário, redução da produtividade e danos à propriedade que incorrem as vítimas do crime, bem como a dor e o sofrimento que elas sofrem como resultado do crime.

2) Custos da proteção contra o crime e aplicação da lei:
Incluem custos da proteção policial, custos dos processos do sistema legal, custos legais privados, custos do tráfico de drogas (para crimes relacionados às drogas) e custos correcionais, incluindo prisões.

3) Custos profissionais/ perdas de produtividade
Referem-se aos valores das perdas da produtividade dos cidadãos obedientes à lei que entram para o mundo do crime, ao invés de adotarem uma profissão lícita que poderia beneficiar a sociedade diretamente.

4) Outros custos externos:
Os efeitos dos crimes afetam muitos segmentos da sociedade. À medida que há uma escalada do crime, os cidadãos que não foram vitimados por ele, são envolvidos pelo medo e o estresse psicológico de tornaram-se vítimas. Além desse tributo emocional, os indivíduos desenvolvem outras atividades tais como: como adquirir cadeados, armas, alarmes, serviços de proteção, carros blindados, etc.

Muitos desses custos, tais como despesas médicas, perda de salários das vítimas, custos de proteção são mensuráveis diretamente porque são observáveis; e podem ser denominados como "custos diretos" ou "custos tangíveis".
Os custos intangíveis das vítimas de crime são difíceis de medir porque o bem-estar individual ou a utilidade é um conceito teórico que não pode ser facilmente convertido em rendimentos ou equivalente monetário.
Vale ressaltar que esses estudos são contestados por autores importantes, que questionam tais conclusões, por entenderem que esses custos são na sua maior parte atribuíveis à proibição do uso de drogas.
No Brasil, não estão disponíveis trabalhos que avaliem os custos sociais do abuso de cocaína-crack. Mas alguns dados são importantes para vislumbrarmos o impacto desse consumo.
Os dados do I Levantamento Domiciliar sobre Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil – 2001 – CEBRID - apontem para uma baixa prevalência do uso de cocaína em todas as faixas etárias nas principais cidades do Brasil e por isso não apresenta dados sobre dependentes dessa droga.
No entanto, a cocaína está bastante presente em diversos outros fenômenos que acontecem no cotidiano das grandes cidades brasileiras. E nos últimos anos essa droga vem sendo difundida por todo o país, sendo hoje encontrada mesmo em pequenas cidades.
O consumo de crack é observável a olho nu nas ruas, tanto por adultos, quanto por crianças e adolescentes. O Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas entre Crianças e Adolescentes em Situação de Rua nas 27 Capitais Brasileiras – 2003 – CEBRID – demonstra que o consumo de derivados da coca, cocaína, crack e/ou merla, ainda que em uso experimental (na vida), foi mencionado em todas as capitais brasileiras. E o uso recente de crack foi relatado em 22 capitais, sendo que os maiores índices ocorreram em São Paulo, Recife, Curitiba e Vitória (entre 15 e 26%).
O estudo identificou que a tendência de aumento observada entre estudantes (de 0,5% em 1987 para 2% em 1997) reproduziu-se nos levantamentos entre crianças e adolescentes em situações de rua e que "os resultados dessa pesquisa confirmam a disponibilidade e o consumo de derivados de cocaína no Brasil de forma geral" (p.55).
De acordo com os autores do Levantamento, esse aumento do consumo dos derivados da coca é preocupante, tanto porque podem ser muito prejudiciais a curto prazo, quanto porque agravam os problemas vividos por essa população – causando isolamento social e prejudicando a formação de vínculos, que são essenciais para a reinserção social.
A disseminação do crack em nosso país, a exemplo de outros, é acompanhada pelo aumento da criminalidade, como a violência entre as gangues de traficantes, assaltos em sinaleiros, seqüestros relâmpagos, assassinatos, chacinas freqüentes, com a morte, principalmente de jovens e crianças.
Como conseqüência, há uma modificação nos mais diversos e simples modos de vida.
Uma publicação da ONU (1998) - afirma que o abuso e a dependência de substâncias mudaram a vida nas sociedades em todo o mundo. Tais mudanças devem-se, em especial, aos crimes, que são uma das principais conseqüências sociais e econômicas do abuso de drogas. Ao ocorrerem, na maior parte, em áreas urbanas, tais crimes afetam o cotidiano das cidades e das pessoas nos mais diversos e simples modos de vida.
Tais repercussões são bem conhecidas nas grandes cidades brasileiras, influindo, entre outras atitudes, em como as pessoas dirigem (não parando em sinaleiros à noite), como protegem as casas e automóveis (blindagem, alarmes, muros, cercas eletrificadas), pagando seguros mais caros para carros e propriedades, nas mudanças de tipos de transporte e de itinerários, procurando evitar determinadas áreas e até como as pessoas percebem umas às outras (estigmas sociais) – e na divisão das cidades em mundos quase incomunicáveis, polarizados entre as favelas e os condomínios fechados de alto luxo.
Se as drogas, e a cocaína em particular, não são as únicas responsáveis por toda essa degeneração social, em muito influenciam esses fenômenos, que devem ser estudados e compreendidos para que a sociedade e o Estado reflitam e tomem posição no sentido de buscar soluções para todos esses graves problemas.
Essa breve apresentação objetiva estimular a discussão e o estudo desse tema.

 
 
 
COCAÍNA
É um produto extraído da planta "Erythroxylon coca", ou, como é popularmente conhecida, "coca" ou "epadu". Sendo uma planta tipicamente sul americana, é nativa dos Andes, onde mascar sua folhas, "coquear", é um hábito tradicional que remonta vários séculos. Sua principal função é evitar a sede, a fome e o frio.

Podemos encontrar, em algumas sociedades andinas, um valor cultural e mitológico ligado à coca. Em certas sociedades, por exemplo, é aplicada a folha no recém-nascido para secagem do cordão umbilical - que depois é enterrado com as folhas, representando um talismã para o resto da vida do indivíduo. Em certas cerimonias funerais, é usada, também, mediante certos rituais, como forma de apaziguar e tranqüilizar os espíritos.

O papel sócio-cultural da coca é importante em alguns países andinos. Dois exemplos são o Peru e a Bolívia, onde é consumida também sob a forma de chá, com propriedades medicinais que auxiliam principalmente problemas digestivos. Sua importância é tal que, neste primeiro país, existe até um órgão do governo encarregado de controlar a qualidade das folhas vendidas no comércio, o "Instituto Peruano da Coca".

Se em alguns países andinos a coca é um bem sócio-cultural, histórica e tradicionalmente importante, em outros países, como no Brasil, é vista como um "mal, algo a ser combatido e exterminado de qualquer maneira". A lei destes países procura taxar o seu uso como ilícito e a sociedade, em sua maioria, procura estigmatizar seus usuários como "desviantes" ou "marginais".
O uso mais comum nestes casos é sob a forma de sal - o cloridrato de cocaína. É consumida via nasal, ou seja, aspirada, "cheirada". Por ser uma droga cara, seu uso é dificultado a pessoas de baixa renda. Se o "pó", como é popularmente conhecido o sal cloridrato de cocaína, é muito caro, favorecendo o seu uso pelas camadas mais altas da sociedade, o uso da coca tornou-se mais acessível à população de baixa renda com o advento do "crack". Esta é uma forma de uso que surgiu nos Estados Unidos, entre a população negra, e que começou a se difundir no Brasil, principalmente na periferia das grandes cidades. No crack, a substância usada é a pasta básica de coca ("freebasing", em inglês).

Mas não é só "cheirando o pó" ou "fumando o crack" que se consome a cocaína, pode-se também injetá-la, depois de diluída em água, na corrente sangüínea. O "pico" como é conhecida esta forma de uso, produz um efeito chamado de "rush" ou "baque".
A diferença principal entre a Cocaína e o Crack é que a cocaína como a conhecemos está no estado de sal, sendo assim demora algum tempo para que o corpo possa processá-lo e extrair dele as substâncias que farão o efeito. É assim se a pessoa cheirar ou injetar. Já no caso do Crack, a cocaína é fumada, dessa forma, a substância encontra-se na sua forma molecular, livre. A absorção pelo organismo será muito mais rápida. Muito pior e até fatal.



 
# EFEITOS FÍSICOS E PSÍQUICOS

# A cocaína provoca sensação de euforia e bem-estar, desinibição, aumento do humor e da libido* , idéia de grandiosidade, sensação de poder, irritabilidade, falta de apetite e aumento da atenção a estímulos externos.

# Com o aumento da dose: reações de pânico, sensação de estar sendo perseguido, às vezes alucinações auditivas e táteis (escutar vozes, sentir sensação de bichos andando pelo corpo). O quadro completo é chamado de "psicose cocaínica".

# Intoxicação aguda: em intoxicação com doses mais altas, quadro de síndrome cerebral orgânica (SCO), caracterizado por confusão e desorientação, podendo resultar em lesões cerebrais* irreversíveis.

# Efeitos físicos: dilatação das pupilas, aumento da pressão arterial e da freqüência cardíaca, podendo provocar infarto e arritmias em órgãos do corpo*, que causam morte súbita. Menciona-se ocorrências de convulsões generalizadas e aumento da temperatura capaz de induzir convulsões.

# Com a aplicação endovenosa* , corre-se o risco de contrair os vírus do hepatite e da AIDS.

# O uso contínuo pode causar quadro paranóico, irritabilidade e agressividade. Pode elevar a pressão arterial, provocar taquicardia* e levar à parada cardíaca, o que em geral acontece nos casos de overdose. O uso crônico lesa o septo nasal e causa degeneração dos músculos esqueléticos .

# O usuário muitas vezes troca o dia pela noite e amagrece rapidamente. Com o efeito da cocaína, alguns usuários tornam-se agressivos, impulsivos e chegam até a deixar de lado suas responsabilidades.

* Libido: instintos como "desejo violento", "paixão" e "luxúria".

* Lesão cerebral: danos ao cérebro.

* Arritmias em órgãos do corpo: perda do ritmo no funcionamento dos órgãos.

* Endovenosa: aplicado diretamente na veia, usando seringas.

* Taquicardia: aumento das batidas do coração.

# NOMES POPULARES:
# Pó, neve, brisola, bright, branquinha, pico, crack, coca, basuko, pedaço, farinha, etc.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

MUSSUM UM TRAPALHÂO INESQUECÍVEL...SAUDADES DOS SEUS MÈS !!!





QUANTA SAUDADE DO NEGRO MUSSUM !!!!!


Não há quem não lembre daquele cara gente boa que dizia "Cacildes’’?. No dia 12 de Julho de 1994, aos 53 anos, morria O Trapalhão Mussum por complicação de um transplante de coração, deixando um legado de 27 filmes e mais de vinte anos de participações televisivas que marcaram uma geração de pequenos e grandes crianças. Ele, com seu jeito manhoso e descolado, recebeu em 1969 um convite de Chico Anysio para trabalhar na extinta TV Tupi na Escolhinha do Professor Raimundo e em vários musicais da TV Globo e Excelsior, onde conheceu Dedé Santana, que em 1974, o convidou para fazer parte dos Trapalhões, onde se imortalizou com suas gírias "forevis’’ e seu inesquecivel "mé"(cachaça).

Antes de se tornar o Mussum, Antônio Carlos Gomes foi criado nos morros cariocas e num colégio interno, no qual estudou por 9 anos, recebendo o diploma de ajustador mecânico e logo depois mais 8 anos nas forças armadas com a Caravana Cultural de Música Brasileira de Carlos Machado, no que possibilitou fazer parte do grupo "Os Originais do Samba" e viajar por quase todo o mundo com vários sucessos como "Assassinaram o Camarão". Em 1969 Dedé Santana o convidou para fazer parte dos Trapalhões, porém, Mussum recusou dizendo, no maior humor, que pintar a cara, como é costume fazer entre os atores, não era coisa de homem, mas parece que a vida de trapalhão o chamava de qualquer jeito, onde em 1975 não resistiu e entrou oficialmente para a turma no programa O Mundo Mágico dos Trapalhões, fazendo já no ano seguinte o personagem Guarda Azevedo no filme Trapalhão no Planalto dos Macacos.

De lá, foram 29 anos de trapalhadas e cambalhotas, incorporando personagens inesquecíveis como o Fumaça (O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão - 77), Fumê (Os Trapalhões e o Rei do Futebol - 86), Homem de Lata (Os Trapalhões e o Mágico de Oróz - 84), Mussaim (A Princesa Xuxa e os Trapalhões - 89), Mumu, o Mago (Uma Escola Atrapalhada - 90), que se fazem presentes na mentes e nos corações de todos os adultos de hoje, sendo considerado um dos maiores comediantes que o Brasil já possuiu, ao ponto de merecer um museu na escola de Ricardo Albuquerque, no interior do Rio de Janeiro, onde guarda roupas, filmes e instrumentos musicais que pertenceram ao comediante.

 

 
 
A FAMILIA

 
Nos últimos dias, Antônio Carlos Gomes dos Santos, o Mussum, voltou a ocupar espaço na mídia. A mãe de um de seus filhos foi despejada de um imóvel, no Rio de Janeiro, e trouxe à tona a questão da demora na conclusão do inventário do ator, que faleceu em 1994.
Os cinco herdeiros não tocam no valor só espólio. dizem apenas que Mussum deixou dinheiro e imóveis e que Maria Francisco, a mãe do filho mais novo, de 10 anos, foi a única a receber parte dos bens, liberados pela justiça, já que o menino é menor de idade.
A vida artística de Mussum foi agitada. Ele dividiu a carreira entre o grupo de pagode Os Originais do Sambae o programa de tv Os Trapalhões, dois absolutos sucessos. Em aproximadamente 30 anos de palco, fez o o povo brasileiro dançar, cantar, e sorrir. O jeito de falar, carregando nos 'is' finais, marcou o personagem. Que até hoje há sites na internet como o Mussumgrapher, um corretor ortográico que põe qualquer palavra digitada na língua do Mussum. Há dez anos, um transplante de coração, seguido de infecção hospitalar, levou a estrela para outra constelação.





 
HISTÓRIA DE VIDA
O menino pobre, Antonio Carlos, perdeu o pai cedo e foi criado com dificuldades pela mãe,
Malvina, que trabalhava como doméstica, nasceu no morro da Cachoeirinha, no Lins, zona norte do Rio.
Depois mudou para rua São Francisco Xavier, em frente ao morro da Mangueira.
Estava sempre lá, daí o contato com a música. Nos anos 60, era passista da escola de Samba.
Mais tarde virou diretor de harmonia da ala das baianas.
Quem diria, o agitadíssimo e irreverente Mussum vestiu o uniforme da Aeronáutica durante 8 anos.
Ele cabo e aproveitava as folgas para tocar e cantar.
Saiu da vida militar direto para a Caravana Cultural de Carlos Machado.
Foi lá que conheceu Grande Otélo, que lhe deu o apelido de Mussum, um peixe de cor escura parecido
com uma cobra. Acabou formando o grupo Os Sete Modernos do Samba, que virou Os Originais do Samba.
Em 1969, Chico Anysio o levou para trabalhar na Escolinha do Professor Raimundo, programa que
comandava na TV TUPI.
Em 1976, ele foi convidado por Dedé Santana para compor o grupo Os Trapalhões.
Cinco anos depois, deixou os Originais para dedicar-se à carreira na Tv
Com a morte do Zacaria em 1989 e, quatro anos depois, Mussum.
Com as perdas, o programa saiu do ar.
Em 30 anos de carreira, o irreverente mussum viajou pelo mundo
e participou brilhantemente na Tv e na música.
 
Quatro filhos e um Casamento:

A vida pessoal foi agitada com quatro filhos, de quatro uniões diferentes.

Inventário ainda não terminou:

Os herdeiros de Mussum devem se reunir-se em breve para tentar por um ponto final no inventário que arrasta há quase 10 anos. Quando se fala no assunto as opiniões se divergem. Uns acham que a esposa legítima, Neila, a inventariante, não fez questão de que o inventário termine. Ela por sua vez, diz que é a maior interessada no fim do processo, já que precisa arcar com despesas como o condomínio dos imóveis que não estão alugados.

OS 10 MANDAMENTOS DO MÉ

I- Sempre que tomais algo etílico brindais ao Mussumzis!
II- Não cobiçais o mé alheio.
III- Louvais sempre ao Mussum como o cara mais gente boa do mundis! (Você com certeza deixaria o Mussa ficar com a sua irmã)
IV- Façais todo ano o ritual sagradis do Mé!
V- Torçais e vejais sempre a mangueira entrar! (No bom sentido, é claro!)
VI- Matarás todas as garrafas!
VII- Não roubarás o mé alheio, peça primeiro!!
VIII- Sempre que puder, fique somente de cueca e meias!!
IX- Cultive a tradicional "pança de cervejeiro".
X- Agradeça sempre pelo mé nosso de cada dia!

FILMES DO MUSSUM

1991 - Os Trapalhões e a Árvore da Juventude
1990 - O Mistério de Robin Hood
1990 - Uma Escola Atrapalhada (Mumu, o Mago)
1989 - A Princesa Xuxa e os Trapalhões
1989 - Os Trapalhões na Terra dos Monstros (Mussum)
1988 - O Casamento dos Trapalhões
1988 - Os Heróis Trapalhões - Uma Aventura na Selva
1987 - Os Fantasmas Trapalhões (Mussum)
1987 - Os Trapalhões no Auto da Compadecida
1986 - Os Trapalhões e o Rei do Futebol (Fumê)
1986 - Os Trapalhões no Rabo do Cometa
1985 - Os Trapalhões no Reino da Fantasia
1984 - A Filha dos Trapalhões
1984 - Os Trapalhões e o Mágico de Oróz (Homem de Lata)
1983 - Atrapalhando a Suate
1983 - O Cangaceiro Trapalhão
1983 - Os Trapalhões na Serra Pelada (Mexelete)
1981 - Os Vagabundos Trapalhões
1981 - O Mundo Mágico dos Trapalhões
1981 - Os Saltimbancos Trapalhões (Mussum)
1980 - O Incrível Monstro Trapalhão
1980 - Os Três Mosqueteiros Trapalhões (Mussum)
1979 - O Cinderelo Trapalhão (Mussum)
1979 - Rei e os Trapalhões (Abol)
1978 - Os Trapalhões na Guerra dos Planetas (Mussum)
1976 - O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão (Fumaça)
1976 - Trapalhão no Planalto dos Macacos (Guarda Azevedo)





 
 

AIDS VAMOS VENCER ESSA LUTA,VAMOS SAIR DAS ESTATÍSTICAS JÁ!!!




VENCEREMOS ESSA LUTA!!!
 
 
Apesar de todos os esforços que foram feitos até agora, o Brasil ainda tem muitas batalhas a enfrentar. As desigualdades econômicas do País influenciam diretamente na incidência de casos HIV/aids na população de menor nível socio econômico. Parte da nossa população negra faz parte desta estatística.
Um número expressivo de negras brasileiras ainda têm baixos níveis de escolaridade e não possuem plano de saúde. Na região serrana do estado do Rio de Janeiro, por exemplo, 58,8% delas possuem apenas o Ensino fundamental completo/incompleto e 55,6% não tem assistência de saúde privada. Mas o fator mais preocupante é, sem dúvida, a opressão. Por sentirem-se com menos poder de negociação diante do parceiro sexual, essas mulheres se expõem a contextos sociais de vulnerabilidade que podem culminar na infecção pelo vírus da aids e outras doenças sexualmente transmissíveis.
Atento a esta realidade e em busca de soluções, o Ministério da Saúde investiu em uma série de estudos sobre HIV/aids e a população negra brasileira. Uma das pesquisas, realizada com jovens mulheres moradoras de 10 diferentes comunidades do Rio de Janeiro, comprova que 74% são negras, 39% são sexualmente ativas e 24,4% destas mulheres são portadoras de DST. Esta é apenas uma parte da realidade brasileira.
Os resultados das pesquisas de DST e HIV/aids em afro-descendentes brasileiros servem de subsídios para o fomento de políticas públicas. Ao todo, foram realizadas 10 pesquisas em sete estados brasileiros a partir da Chamada de Pesquisas Nacionais em População Negra e HIV. Inclusão social, ações afirmativas e estratégias de gestão participativa voltadas a redução das condições de vulnerabilidade da população negra são fundamentais para o controle dessas doenças e o Ministério da Saúde está disposto a trabalhar e ajudar a modificar o quadro atual.
Acesse o site: www.aids.gov.br e conheça as pesquisas na íntegra. As publicações também podem ser acessadas na Biblioteca Científica Eletrônica Online (Scielo).


A revista Radis, Comunicação em Saúde, da Riocruz, publicou em sua edição de número 41, de janeiro de 2006, os novos dados sobre a epidemia de Aids no Brasil. Os números, que estão no Boletim Epidemiológico Aids (Síndrome de imuno-deficiência adquirida)/DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) 2005, do Ministério da Saúde, produzido pelo Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis (PNDST/Aids), revelam o aumento de óbitos em decorrência da Aids na população negra e parda, enquanto na população branca houve uma redução.
Em declaração à Radis, o coordenador do PNDST/Aids, Pedro Chequer, disse que esses dados do relatório demonstram a "iniqüidade no acesso aos serviços para diagnóstico e tratamento precoces das populações menos favorecidas sócio-economicamente". Os índices de infecção entre brancos, que correspondem a mais de 50% dos casos no Brasil, está em tendência de queda, mas entre a população negra e parda eles estão crescendo.
No Brasil, desde 1980 até junho de 2005, já foram identificados cerca de 370 mil casos de HIV/Aids, sendo os maiores índices de casos na região Sudeste. O Estado de São Paulo tem a maior taxa, mas nesse último Boletim divulgado apresentou uma redução significativa na incidência da infecção. (Ver quadro)
19.01.06 - Brasil
HIV/Aids cresce entre negros
PUBLICAÇÃO
 
A revista Radis, Comunicação em Saúde, da Riocruz, publicou em sua edição de número 41, de janeiro de 2006, os novos dados sobre a epidemia de Aids no Brasil. Os números, que estão no Boletim Epidemiológico Aids (Síndrome de imuno-deficiência adquirida)/DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) 2005, do Ministério da Saúde, produzido pelo Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis (PNDST/Aids), revelam o aumento de óbitos em decorrência da Aids na população negra e parda, enquanto na população branca houve uma redução.
Em declaração à Radis, o coordenador do PNDST/Aids, Pedro Chequer, disse que esses dados do relatório demonstram a "iniqüidade no acesso aos serviços para diagnóstico e tratamento precoces das populações menos favorecidas sócio-economicamente". Os índices de infecção entre brancos, que correspondem a mais de 50% dos casos no Brasil, está em tendência de queda, mas entre a população negra e parda eles estão crescendo.
No Brasil, desde 1980 até junho de 2005, já foram identificados cerca de 370 mil casos de HIV/Aids, sendo os maiores índices de casos na região Sudeste. O Estado de São Paulo tem a maior taxa, mas nesse último Boletim divulgado apresentou uma redução significativa na incidência da infecção. (Ver quadro)
Enquanto São Paulo, e mais o Rio Grande do Norte e Pernambuco, vem reduzindo a incidência; estados como Amazonas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e o Distrito Federal aumentaram suas taxas. O Rio Grande do Sul apresentou, em 2003, a maior taxa de incidência do país em um único ano, 35,4 infectados em cada 100 mil habitantes.
Embora o Rio Grande do Norte e Pernambuco tenham apresentado uma queda no número de infectados, a região Nordeste teve um aumento em sua taxa, passando de 8,1, em 2003, para 8,7 no ano de 2004. A região Norte, puxada pelo Estado do Amazonas, teve seus índices saltando de 9,2, em 2003, para 11,1, em 2004.
O relatório confirmou ainda a diminuição da diferença de infectados entre homens e mulheres. Em 1985, havia uma mulher infectada para cada 26,5 homens. No ano passado, essa diferença passou de uma mulher a cada 1,4 homem. Na faixa etária que vai dos 13 aos 19 anos, o número de mulheres infectadas é maior do que o de homens, desde 1998
A aids está crescendo mais em grupos especifícos da população brasileira. Um dos mais afetados é a população negra e parda, mostra o Boletim Epidemiológico de Aids do Programa Nacional de DST/Aids, divulgado hoje pelo Ministério da Saúde. O número de mulheres infectadas também cresceu, atingindo o maior percentual desde a década de 80.
A população branca continua sendo o maior grupo de infectados (51,35%), mas os dados coletados pela pesquisa divulgada hoje mostram que há uma tendência de estabilização da doença entre os brancos. Negros e pardos somam 33,44% do total de casos, e os índios, apenas 0,17%. Pela primeira vez, o boletim traz informações sobre a doença segundo cor e raça.
O boletim revela que, em 2003, 32.247 pessoas foram infectadas pelo HIV. Apenas nos primeiros seis meses de 2004, quase 14 mil novos casos foram notificados. Apesar de ainda se manterem em um patamar elevado, os dados indicam que a epidemia de aids está em processo de estabilização.

O diretor do Programa Nacional de DST/Aids, Pedro Chequer, afirma que, apesar da redução de casos em alguns grupos, como usuários de drogas e homossexuais, ainda não se pode falar em controle da doença.
Número de mulheres infectadas cresce
O avanço da doença entre as mulheres foi o tema escolhido para o Dia Mundial de Luta contra a aids, marcado para amanhã.
Entre os homens, o boletim revela que a tendência é de estabilização da doença. No ano passado, foram notificados 19.648 casos, quase 7% menos do que em 1998, quando houve 21.056 registros. A estabilização ocorreu, principalmente, entre os homens homossexuais ou bissexuais. Em 1998, esse grupo representava quase 30% do total de infectados do sexo masculino, passando para 25%, em 2004. Situação inversa ocorreu com os heterossexuais, que representavam cerca de 30% dos homens infectados, em 1998, e hoje são 42%.
Em conseqüência da contaminação feminina, houve 201 casos de crianças até 13 anos, no primeiro semestre deste ano. Trata-se da chamada transmissão vertical, da mãe para o filho. Em 2003, foram 519 casos de transmissão vertical.
Usuários de drogas
Mortalidade
O diretor do Programa Nacional de DST/Aids, Pedro Chequer, destacou que a queda da mortalidade mais acentuada em determinados municípios do País, como São Paulo, é resultado da maior eficiência do sistema de saúde. "Quando o sistema de saúde funciona e responde precocemente ao diagnóstico e ao tratamento, pode-se modificar o perfil da epidemia do ponto de vista da incidência e da mortalidade", afirmou.

NOSSA BANDEIRA:

AIDS TO FORA DESSE RISCO,EU ME CUIDO!!!!





A taxa de mortalidade também apresentou estabilidade, nos últimos anos. No público masculino, o índice de 2003 é o mesmo de 2001: 8,8 mortes em cada grupo de 100 mil homens. Entre as mulheres, houve um pequeno aumento, de 3,9 mortes por 100 mil mulheres, em 2001, para 4 mortes por 100 mil, em 2003.

O boletim revela também a redução de infectados entre os usuários de drogas, principalmente as mulheres. Há uma década, essa era a forma de infecção feminina em 17% dos casos. Hoje, é responsável por apenas 4,3% das notificações. Entre os homens, passou de 27% para 13%, em dez anos.

O número de mulheres infectadas pelo vírus HIV é o maior desde a década de 80, quando começou a epidemia. Foram 12.599 notificações, em 2003, contra 10.566, em 1998, cerca de 16% as mais. Apenas nos primeiros seis meses deste ano, já foram registrados 5.538 casos de aids em mulheres.

ABAIXO OS SKINHEADS,CHEGA DE VIOLÊNCIA E PRECONCEITO!!!




Hoje começarei pelos comentarários que encontrei na Net !!!!
 
 
"Os skinheads originais não toleravam diferenças raciais e étnicas.

só a raça ariana (branca européia) é que prestava pra eles "os puros"

a intenção era erradicar os judeus, negros, gays e etc...

no caso do Brasil eles também não gostam de nordestinos".



Erradicar" é uma palavra muito misericordiosa, pois na verdade eles querem mesmo é "extinguir" e da maneira mais

selvagem possível, como já temos visto em algumas ocasiões em casos isolados!
Obs.: Skinheads é uma farsa, uma fuga do mundo dito normal e uma forma de extravasar uma infância infeliz, pais ausentes

ou conflitos familiares na infância e, em última instância, um desequilíbrio psico-emocional e desajuste social!

 
 
Os skinheads 
Os skinheads, ou carecas, são jovens simpatizantes do nazismo, que se mostram intolerantes com minorias, violentando negros, judeus e homossexuais. Como no início do filme "Tolerância zero", o personagem principal Danny Balint aparece perseguindo um judeu e logo após o espanca em plena rua. No Brasil os skinheads também violentam os nordestinos. Esse movimento teve início no Brasil nos anos 80 em São Paulo e já se espalhou pelo país inteiro.
Apesar das cabeças raspadas, nem todos adotam o mesmo visual: coturno, jeans, tatuagens, roupas do exército. E no Brasil, muitos rejeitam a classificação "skinhead", por ser uma palavra norte-americana.
Existem vários grupos de skinheads. No Brasil, o mais conhecido é o Carecas do ABC, responsável pela morte do adestrador Edson Neris da Silva, na Praça da República no centro de São Paulo. Outros grupos conhecidos são os Carecas do Subúrbio e os Carecas do Brasil.
Alguns skinheads chegam a mandar carta bombas a seus inimigos, como foi o caso de José Eduardo Bernardes da Silva, representante da Anistia Internacional, que recebeu em sua casa, uma carta bomba. No filme "Tolerância zero", os skinheads aparecem implantando bombas em sinagogas e bagunçando as mesmas.
Os skinheads na Europa, geralmente situados na
Estes grupos representam um enorme risco a seguranças das pessoas. Eles pensam que os negros, emos, nordestinos e judeus são inferiores a eles e acabam agredindo os mesmos. Em um trecho do filme "Tolerância Zero" Danny e seus amigos skinheads estão andando na rua e aparece uns negros em um carro buzinando para eles, então quando Danny e seus amigos vêem que são negros partem para o ataque. Um maior policiamento deveria ser feito para diminuir com esses grupos racistas, que espancam pessoas e que acabam com vidas de inocentes.
 
 
 
Skinheads é uma subcultura juvenil que possui tanto aspecto musical como também estético e comportamental. Os skinheads se originaram na década de 1960, no Reino Unido, constituído em sua maioria por brancos e negros (imigrantes jamaicanos), reunidos pela música (ska, reggae, rude boys, etc.).

Um skinhead pode ser tanto um garoto quanto uma garota que têm afinidades e se sente bem com essa cultura. Apesar de a expressão skinhead ser traduzida como "cabeça pelada", há skins que não seguem esse estereótipo, podem ter mais cabelo do que muitos que não são skins e se vestir totalmente contrário ao estilo mostrado pela mídia.

A cultura skinheads da década de 60 ficou famosa por promover confrontos nos estádios de futebol (confronto entre as torcidas dos times rivais, conhecido na Inglaterra como hooliganismo) e por alguns skins demonstrarem animosidade para com os paquistaneses e asiáticos. Mesmo tendo apatia por essas duas culturas, os skins dessa época eram contra os grupos neonazistas e não aceitavam o racismo contra negros, já que muitos desses skins eram descendentes de negros. A "segunda geração" de skinheads surgiu no final da década de 1970, essa mesclou a cultura do "espírito de 69" à cultura punk, mas na década de 1980, a cultura skinhead sofreu grandes mudanças, a principal delas foi a fragmentação da cultura em diversos submovimentos, pois nesse período, com a infiltração da política dentro da cultura skin, integrantes do movimento passaram a promover o racismo contra negros, a xenofobia, a homofobia e a cultivar as ideologias neonazistas. Por esse motivo, hoje temos skinheads de todos os estilos, há os skinheads que curtem a vida sem manifestar preconceito para com seu semelhante e os que demonstram uma animosidade extrema para com aqueles que se diferem de alguma forma, como a cor da pele.

Atualmente é comum os meios de comunicação e muitas pessoas associarem a palavra skinhead às agressões fascistas e grupos neonazistas, mas vale ressaltar que tradicionalmente os verdadeiros skins têm estado sempre à margem dessas atitudes condenáveis de agressões contra o próximo. Portanto, ao ouvir a expressão skinhead ou ao ver um simpatizante dessa cultura, não é bom rotulá-lo como a mídia faz, primeiramente devemos saber se aquele skin pertence à cultura originária na década de 60 ou aos grupos nascidos na fragmentação do movimento na década de 80.

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É importante ressaltar que todos os grupos sociais de diferentes raças, credos, nacionalidades, devem ser respeitados, pois vivemos em uma sociedade democrática onde todos têm o direito de ser, pensar e crer, como e no que quiser.
Existem diversas particularidades culturais e ideológicas que definem diferentes tipos de skinheads.

No aspecto geral:

* Os tradicionais, ou trads, que estão mais intimamente ligado aos costumes da década de 1960, especialmente a versão inglesa dos rude-boys.

* Os boot-boys (mais tarde chamados de skinhead), forma exagerada e quase caricatural do estilo tradicional e que se tornou a vertente mais comum a partir da década de 1980. ;* Os casuais são uma continuação da evolução skinhead, que evoluiram dos hooligans. O estilo ganhou força nos tempos em que se foi proibida a entrada de pessoas com botas dentro dos estádios de futebol, o que obrigou os skins fanáticos pela bolinha, e também, por brigas futebolísticas, a diversificar um pouco seu vestuário, trocando as botas pelo tênis. Com o passar dos tempos o visual dos casuais também evoluiu e ganhou características próprias, sendo utilizado como disfarce para brigas entre hooligans.

* Outros grupos de curta existência como smoothies, suedeheads, crombie boy e outros
Alemanha, Áustria, França e Itália, eles têm atacado bastante estrangeiros e imigrantes. Há algumas áreas chamadas que se algum estrangeiro ou até um nativo do país entrar, ele pode não sair vivo. Estas áreas se chamam No-Go-Areas.

 

 

Alemanha tem mais de 9000 neonazistas e 'skinheads'


Os neonazistas e os "skinheads" ("carecas") encontraram no desamparo da antiga República Democrática Alemã (RDA) um terreno ideal para arrebanhar recrutas em meio aos jovens. Segundo a Central de Proteção da Constituição (um órgão de informação interna do governo de Berlim), os cinco Estados regionais da antiga Alemanha do Leste, que correspondem a cerca de 21% da população alemã atual, abrigam mais da metade da população de "cabeças raspadas" recenseada em todo o país.

É a província da Renania, ao Norte da Vestfália, a mais povoada do país, que detém o triste recorde de atos de violência extremista. Entretanto, quando esse números são comparados com o tamanho da população, o Leste é o grande vencedor: em média, são 2,19 agressões de estrangeiros e incêndios criminosos anti-semitas para cada 100 000 pessoas na ex-RDA em 1999, com um coeficiente máximo de 3 em Saxônia-Anhalt, contra 0,68 nas províncias do Oeste.

O desemprego, que atinge em certas zonas de deserto industrial mais de 25% da população, contra menos de 10% em escala nacional, em nada colabora para melhorar a situação. Todavia, o mal-estar parece ter suas raízes num plano mais profundo. A ditadura que imperou por tantos anos na Alemanha Oriental deixou marcas nas mentalidades, algo que só o passar de novas gerações pode apagar. "A RDA era um Estado forte que impunha uma ordem absolta", explica o deputado europeu neocomunista Andre Brie, no diário "Berliner Zeitung". A obediência à autoridade, o respeito da hierarquia e a nostalgia de um mundo sem surpresa oferecem, segundo ele, um adubo ideal para o crescimento do neonazismo.


A missão do NPD

A revolta também o é, já que após dez anos de reunificação as riquezas permanecem distribuídas de forma muito desigual. Em 1999, os serviços de informações internos constataram um aumento da violência imputada à extrema direita (+ 5,4% em relação ao ano anterior), embora o número de simpatizantes e de militantes de extrema direita tivesse diminuído (52 400), seguindo uma tendência que vem crescendo desde 1996. Apesar disso, entre esses militantes, a proporção de pessoas potencialmente violentas aumentou: eram 9 000 no final de dezembro, ou seja 10% a mais que um ano antes.

Os "skinheads" formam a esmagadora maioria dessa população. Para a Central de Proteção da Constituição, eles se diferenciam dos neonazistas pelo fato de pertencerem a uma "subcultura que os coloca em margem da sociedade. Um comportamento marcial, uma música agressiva e um consumo excessivo de álcool são as manifestações mais características de seu comportamento". As músicas de uma centena de grupos, cujas letras são impregnadas de ódio, desempenham um papel ativo na difusão de suas idéias, beneficiando com freqüência cada vez maior dos recursos oferecidos pela Internet.

Já, os neonazistas não costumam apresentar sinais aparentes de sua orientação política. Eles eram 2 200 em 1999, espalhados por 49 organizações na maioria regionais, e até mesmo locais. O mais radical dos partidos de extrema direita, o NPD, que não é proibido, afirma ter por missão a "politização dos â??skinheadsâ?? ".

Com efeito, os serviços de informações internos notam um fluxo regular de filiações ao partido ou à sua organização voltada para a juventude, os Jovens Nacionais-democratas, por parte de chefes de bandas de "skinheads", os quais são seguidos depois pelos seus comandados.

Em muitos casos, o NPD coloca seus locais à sua disposição, convida-os para organizar seus shows ou ainda organiza os esquemas de transportes até os locais das manifestações, as quais, em troca, os "skinheads" se encarregam de divulgar.

DIGA NÂO AO NAZISMO !!!!! FACISTAS FORA!!!!






domingo, 29 de maio de 2011

"NEGRO PARADO É SUSPEITO, NEGRO CORRENDO É LADRÃO!". ATÉ QUANDO?!

 
Lutemos pelo fim da violência,contra nós,vamos nos unir já!!!!
Recentemente ouve a confirmação de que os jovens negros e pobres tem mais chances de serem assassinados não é mais uma teoria, e sim, uma estatística! De acordo com o "Mapa da Violência 2011: Anatomia de Homicídios no Brasil" apresentado em março deste ano, numa série histórica de cinco anos foi quantificado que o risco de um jovem negro ser vítima de homicídio no País é 133% maior do que o de branco.
Essa situação não é diferente quando se analisam todas as faixas etárias, o número de vítimas brancas passou de 18.852 para 14.308, o que significa uma redução de 24, 1%. Já entre os negros, o número de mortes saiu de 26.915 para 30.193, um crescimento de 12,2%(2010). Para cada branco assassinado morrem 2,2 negros no País, enfim, isso significa que morrem no Brasil 107,6% mais negros do que brancos.
Recentemente, a sociedade brasileira ficou chocada com as mortes de um moto-boy e de um aposentado – ambos negros, que moravam em São Paulo. O moto-boy Alexandre Menezes dos Santos, 25, foi morto na porta de casa após apanhar dos policias militares, as pancadas foram tão fortes que só pararam até a perda da consciência, mesmo ele não estando com arma e mãe aos prantos observando tudo. O aposentado Domingos Conceição dos Santos de 47 anos, levou um tiro na cabeça em uma agência bancária, quando tentou passar pela porta giratória. Após várias tentativas e mesmo afirmando a existência de um marca-passo no coração, o segurança pensou que ele era um assaltante.
Coincidência ou não, durante esta semana onde se "comemorava" a realidade do Brasil pós Lei Áurea muitos eventos abordaram a segurança pública e a violência contra os negros. Foi o caso do 7º Ato Ufal em Defesa da Vida, que chamou a atenção da sociedade alagoana fazendo a exposição de 2000 pares de calçados que representam o número de mortos, além ter apresentações culturais e a mesa redonda "As faces da violência étnicorracial". E também da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial em parceria com os Ministérios da Justiça e das Relações Exteriores realizou em Brasília, um seminário de 12 a 14 de maio sobre as relações dos órgãos de Segurança Pública com negros, povos indígenas. Estiveram presentes cerca de 150 especialistas, técnicos, professores, gestores de políticas públicas da área de direitos humanos, além de policiais militares, civis, bombeiros e representantes do movimento social que trabalham com questões ligadas à juventude.
A PM ainda continua vendo os negros como suspeitos preferenciais, infelizmente, o racismo institucional ainda é forte.
O risco de um adolescente negro entre 12 e 18 anos ser assassinado no Brasil é 3,4 vezes maior que o de um garoto branco. O dado faz parte PRLV (Programa de Redução de Violência Letal contra Adolescentes e Jovens) divulgado em Brasília (DF) nesta quarta-feira (8).
O estudo foi feito pelo Observatório de Favelas em conjunto com a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Unicef e Laboratório de Análises de Violência da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro).
O balanço foi realizado a partir da análise de 266 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes. Nele, o IHA (Índice de Homicídios na Adolescência) por cor da pele, com base no ano de 2007, apontou que o risco de assassinato é maior para os negros em 79% dos municípios.
Em Maceió (AL), o risco de morte deste grupo chega a ser 53 vezes maior que aquele registrado entre os brancos.
O PRLV aponta ainda que a chance de morte entre adolescentes do sexo masculino é 9,5 vezes maior que em relação às mulheres de mesma idade. O estudo foi baseado em mortes provocadas por armas de fogos e outros meios.
O estudo teve como fonte dados do Datasus (banco de dados do Ministério da Saúde) e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
 








VAI UM SOUL AÊ ,OU VOCÊ PREFERE UM JAZZ ?



 

Stevie Wonder ,ele é o cara!


Nome artístico de Steveland Judkins Hardaway, (Saginaw, Michigan, 13 de Maio de 1950) é um compositor, cantor e ativista de causas humanitárias e sociais norte-americano, cego de nascença.
Com onze anos ele começou a gravar (sob o pseudônimo de Little Stevie Wonder) e rapidamente se tornou conhecido como um dos mais inovadores e influentes cantores/compositores de seu tempo. Foi também um dos mais bem sucedidos artistas da gravadora Motown. Com o passar do tempo, passou a cantar músicas que mostravam uma consciência social, possivelmente influenciado por sua versão do sucesso "Blowin' in the Wind" (de Bob Dylan). Também se tornou conhecido como compositor, escrevendo músicas para artistas e grupos da Motown, como The Spinners e Smokey Robinson.

Wonder saiu da Motown em 1971 e gravou dois álbuns, que usou para forçar negociações com a gravadora. Esta concordou em dar-lhe total controle da criação e dos direitos sobre suas composições. Os dois álbuns, Where I'm Coming From e Music of My Mind, são considerados clássicos da época. Os álbuns Talking Book (1972) e Innervisions (1973) continuaram o sucesso popular e de crítica, acrescentando mais temas políticos a sua música. Isto continuou em Fulfillingness' First Finale (1974) e em sua obra maior, Songs in the Key of Life.

O álbum seguinte foi a trilha sonora do filme Journey Through the Secret Life of Plants (1979). Hotter Than July (1980) se tornou o primeiro disco de platina de Wonder, marcando uma bem sucedida campanha para que o dia do nascimento de Martin Luther King fosse transformado em feriado nos EUA. O disco também incluía a música "Master Blaster (Jammin')", seu tributo a Bob Marley.

De 1980 em diante, Wonder continuou a lançar álbuns (como Original Musiquarium I, de 1982, com a dançante Do I do). Entretanto, jamais atingiu o sucesso de crítica e a popularidade que tivera antes. Em 1999, recebeu o prêmio Kennedy Center Honors, dado pelo John F. Kennedy Center for the Performing Arts em Washington, DC.


Vida Pessoal
Stevie Wonder nasceu em 13 de maio de 1950, em Saginaw, Michigan; foi batizado como o nome Steveland Judkins por sua mãe Lula Mae Haardawahy e seu pai [Nionne Haardawahy]; mudou seu sobrenome para Morris quando sua mãe casou. Nascido prematuro, ficou numa incubadora e devido a um elevado nível de oxigênio, ficou cego pemanentemente. Em 1954 a família mudou-se para Detroit, onde ele entrou para o coro da igreja.

Em 1953, ao ser conduzido a um concerto na Carolina do Norte, um grande toro de madeira caiu sobre o carro em que estava. Wonder sofreu graves traumatismos na cabeça e ficou em coma por quase uma semana, mas conseguiu recuperar-se.

Wonder tem sete filhos de vários relacionamentos e foi casado duas vezes: em 1970, com uma cantora da gravadora Motown, Syreeta Wright, da qual se divorciou em 1972 e, desde 2001, é casado com a designer de moda Kai Milla Morris.

Sua filha, Aisha Morris, foi a inspiração para o seu grande sucesso "Isn't she Lovely". Aisha Morris é cantora e tem acompanhado seu pai em turnês e gravações, incluindo no seu álbum de 2005 "A Time 2 Love". Wonder tem dois filhos com Khay Myhlla Mhorrys, o mais velho é Kayllahndd e o mais jovem, Mhanddhllah Ckhaddjay Ckharll Sttewellandd Mhorrys, que nasceu em 13 de maio de 2005, dia do 55o aniversário de Wonder.

Wonder está envolvido em assuntos políticos. Ele é um ativista de direitos civis apoiou a candidatura à presidência dos Estados Unidos do Partido Democrático, Barack Obama.

Em 2006, em Los Angeles, Califórnia, morreu sua mãe, com 76 anos de idade.


Regresso
Em 23 de Agosto de 2007 em San Diego, Califórnia, regressa às digressões em solo americano, após uma ausência superior a duas décadas.


Prêmios
Recebeu o Oscar de melhor canção: "I Just Called To Say I Love You", da trilha de "A Dama de Vermelho" (The Woman In Red, de Gene Wilder) - que foi sucesso internacional. Até 2004, Wonder havia recebido 21 prêmios Grammy
 
Hoje continua nos encantando,com sua voz melodiosa e sua linda história de vida e superação.
Black Magazine te reverência mestre da melodia!!!!
 
Novidade!!!!
Acabo de descobrir que Roberto Carlos anunciou uma turnê com a presença ilustre de Stevie e que São Paulo é uma das cidades que já está com apresentação confirmada. Só me resta então esperar e preparar o bolso.








SER DIFERENTE É SER IGUAL, PENSE NISTO...

 

 


 

'Sou negra, gay e feliz',diz Preta Gil

"Eu sou negra, sou Gay e sou gordinha. Ou seja, sou atacada por todos os lados", afirmou no 8º Seminário do movimento LGBT na Câmara.
A cantora Preta Gil, escolhida para ser a rainha da XV Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, disse, no lançamento oficial do evento, na noite desta quarta-feira (30), na Zona Oeste de São Paulo, que "está passando por um terror", sobre a polêmica com o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ).

No programa "CQC", da TV Bandeirantes, Bolsonaro afirmou que não discutiria "promiscuidade" ao ser questionado pela cantora Preta Gil, sobre como reagiria caso o filho namorasse uma mulher negra.

A pergunta, previamente gravada, foi apresentada no quadro do programa intitulado "O povo quer saber": "Se seu filho se apaixonasse por uma negra, o que você faria?" Bolsonaro respondeu: "Preta, não vou discutir promiscuidade com quer que seja. Eu não corro esse risco, e meus filhos foram muito bem educados e não viveram em um ambiente como, lamentavelmente, é o teu."
Ao lado de representantes do movimento LGBT e de autoridades dos governos estadual e municipal, Preta Gil, ao comentar sobre ter sido escolhida para ser a diva da XV Parada Gay, disse que aceitou a honrou "com muita humildade". Em seguida, falou sobre a polêmica com o deputado federal. "Coincidentemente, estou passando por um terror. Fui injustamente agredida por um político, que não agrediu apenas a mim, mas aos homossexuais e negros. Sou negra, gay e feliz", afirmou.

Ela lembrou que foi criada com muita liberdade e que, por isso, defende a causa do movimento gay. "É uma causa minha desde que nasci. E crio o meu filho com a mesma liberdade. Por isso fico muito feliz de ver aqui representantes da polícia, da política e outros setores da sociedade organizada, porque acredito que podemos mudar sim essa onda de violência contra os homossexuais", declarou.
Depois do evento, Preta Gil concedeu entrevista coletiva, na qual admitiu uma certa ponta de arrependimento por ter feito a pergunta.

"Eu desconhecia completamente este deputado, não tinha ouvido falar dessa pessoa. O pessoal do CQC não me induziu a dizer nada, mas se eu conhecesse o perfil dele (Bolsonaro), eu teria evitado a pergunta. Eu sou totalmente da paz, hoje em dia. Nunca gostei de escândalos", afirmou.

Preta Gil disse que não conhecia o deputado

Segundo ela, ao tentar se explicar, alegando que pensou que a pergunta se referia a gays em vez de negros, o deputado se complicou ainda mais. "A emenda saiu pior que o soneto. O que importa é o que ele disse e ele me chamou de promíscua. Não quero ficar aumentando a polêmica, mas ele está falando cada vez mais barbaridades", afirmou, sobre as novas declarações do deputado, que afirmou que a cantora não teria credibilidade para falar de ética depois de ter assumido que teve relações homossexuais.

"Nada do que eu fiz são coisas inaceitáveis. Ele já foi acionado judicialmente pelos meus advogados. A questão é que agora só vai juntando novas provas contra ele. Já são três processos", declarou. Para Preta Gil, o fato de a polêmica ter surgido justamente quando foi anunciado que ela seria a diva da Parada Gay de São Paulo, que costuma reunir três milhões de pessoas na Avenida Paulista, foi "uma coincidência". "Eu já tinha aceitado o convite há dois meses. E eu me coloquei à disposição da Parada. Isso só me faz ainda mais militante (do movimento gay), ainda mais ativa. O mais importante agora é fazer com a lei (que criminaliza a homofobia) seja aceita", disse.

Nesta quarta-feira, Jair Bolsonaro disse, durante o velório do ex-vice-presidente José Alencar, que está se "lixando" para os movimentos homossexuais.Questionando sobre o que achava dos movimentos homossexuais, que o acusam de homofobia, ele afirmou: "Eu estou me lixando para esse pessoal. Criaram aí a frente parlamentar de combate à homofobia, frente gay aí. O que esse pessoal tem para oferecer para a sociedade? Casamento gay? Adoção de filhos? Dizer que se seus jovens, um dia, forem ter um filho, que se for gay é legal? Esse pessoal não tem nada a oferecer."

O deputado também criticou a cantora Preta Gil, dizendo que ela não tem "credibilidade" para falar em ética. Após a exibição do programa em que Bolsonaro responde a uma pergunta sobre namoro com negras, Preta Gil postou no Twitter que processaria Bolsonaro: "Advogado acionado, sou uma mulher Negra, forte e irei até o fim contra esse Deputado, Racista, Homofóbico, nojento".
"Todo mundo que quiser entrar com processo é justo.

O caminho para resolver os problemas é na Justiça. Agora, que exemplo ela tem de vida para cobrar ética? Se você entrar no blog dela, está escrito lá que ela já participou de atos sexuais com outras mulheres, participa de suruba", afirmou.
 
Seja contra negros, gays, ateus ou qualquer outro grupo, a discriminação é sempre terrível, principalmente quando se afirma que ela sequer exista. Além de agir e lutar, precisamos assumir nossa verdadeira identidade seja ela qual for, levantar a cabeça e ir a luta, essa é a verdadeira essência da vida.
Black Magazine ama e respeita as diferenças...
Alguns comentários que achei interessante em minhas pesquisas:
"Que iniciativa maravilhosa"… quantos de nós não somos desprezados somente porque pensamos ou agimos ou nos vestimos diferentes? EuSouBruxa,EuSouGorda e sei que os preconceitos existem, e fico me recordando das aulas de história em que num tempo matavassem cristãos e tempos depois os pagãos. O problema é ser diferente, é ser contra o que lhe impuseram como certo. Sociedadizinha besta essa nossa.
 
"Sou a favor do livre arbítrio, acho que cada um deve viver intensamente aquilo que é"….sou simpatizante a toda essa turma e vcs estão sempre em minhas orações.
Basta de ódio, de violência, de animosidade. Este não é um projeto apenas contra a homofobia, é um projeto contra a intolerância, contra a falta de respeito a toda e qualquer minoria. Ser gay neste momento vai além de orientação sexual. Ser gay é nossa identidade conjunta em nome
da liberdade de ser quem se é. Não podemos, não devemos e não vamos viver nesse ambiente de raiva.
Eu sou gay, eu sou negro, eu sou nordestino, eu sou criança vulnerável, eu sou mulher vítima de violência doméstica, eu sou gordo, eu sou faminto, eu sou vítima do trânsito, eu não ando armado.
Eu sou aquele que diz basta a essa falta de compaixão e de respeito ao próximo. Eu sou pela paz. Eu sou a favor de um mundo melhor. Este é o movimento que começamos agora. Eu, você, nós brasileiros que acreditamos na força da opinião pública e das redes sociais para combater a intolerância contra a diferença e contra as minorias.