AMIGOS DA BLACK

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sexta-feira, 27 de maio de 2011

NEGROS EUROPEUS E BRANCOS AFRICANOS,ESSA É A VERDADEIRA IDENTIDADE DO NOSSO PAÍS ACREDITA...

Num estudo que além da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) inclui pesquisadores da Bahia, do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul, do Ceará, do Pará e de São Paulo eanalisou amostras de habitantes das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul.Uma terra habitada por índios, colonizada por portugueses e para onde foram trazidos escravos de váriospaíses africanos somando-se a isso a política do branqueamento instituida por dom Pedro II. Esseprograma trouxe ao Brasil 6 milhões de imigrantes europeus e durou até os anos 1970. O geneticistaSérgio Pena da Universidade de Minas Gerais (UFMG) mostra, em artigo publicado em fevereiro na
PLoSOne , que algo funcionou.
Habitantes de quatro regiões do país (o Centro-Oeste ficou de fora) têm pelomenos 60% de ancestralidade europeia em seu material genético. "Temos europeus pardos, europeus pretos e europeus brancos", brinca Pena.O grupo analisou a proporção de ancestralidade europeia, africana e ameríndia em 934 pessoas que sedefiniam como brancas, pardas ou pretas, em Belém, Fortaleza, Ilhéus, Rio de Janeiro, Joinville e PortoAlegre.O estudo lançou mão de 40 trechos do DNA, que outros estudos de Pena já tinham mostrado serem suficientes para esse tipo de caracterização. São partes do material genético sem relação com ascaracterísticas usadas para caracterizar raças, como a cor da pele e dos cabelos, mas que são distintas conforme a origem geográfica.
Os resultados mostram que não há necessariamente uma correspondência direta entre cor da pele eancestralidade. Isto quer dizer que o fato de um indivíduo apresentar a pele negra, não significa quetenha ancestralidade africana.Em alguns brancos do Rio de Janeiro, por exemplo, os trechos do DNA usados como marcadores indicaram uma ancestralidade africana mais pronunciada do que a europeia; na mesma cidade, algunsdos que se declararam pretos, conforme terminologia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), são quase integralmente europeus no que diz respeito a esses marcadores.Os diagramas de ancestralidade também revelam algo da composição da população nas regiões do país.No Pará e no Rio Grande do Sul nota-se uma presença indígena na composição genética de parte dosbrancos e pardos que participaram do estudo. Já na Bahia e no Rio de Janeiro, essa presença indígena équase inexistente enquanto a ancestralidade africana é mais comum.Os pesquisadores encontraram uma homogeneidade surpreendente entre as regiões. Para isso, foipreciso usar recursos estatísticos que os pesquisadores chamaram de "ancestralidade total", para deixarde lado as particularidades regionais na percepção da própria cor. Uma vez eliminada essa variação,revelou-se que as quatro regiões têm, em média, pelo menos 60% de ancestralidade europeia – omínimo foi o Nordeste, com 61%, e o máximo, 78%, está na Região Sul. As heranças africana eameríndia, por outro lado, são menos expressivas e mais variáveis de uma região para outra.É um resultado marcante, mas ainda não consensual entre geneticistas interessados em populações humanas.



O estudo liderado por Pena tem um significado médico importante. Não por acaso, ele integrou a pesquisa da Rede Brasileira de Farmacogenética, que investiga como a composição genéticade cada pessoa influencia o metabolismo de fármacos e busca chegar a uma medicina personalizada .Do ponto de vista social, para Pena os resultados reforçam o que ele já vem defendendo há anos: "Nãose justifica querer ‘racializar’ o Brasil". A ideia poderia causar ecos nas políticas de cotas, já que umapessoa de pele escura pode ter mais antepassados europeus do que uma de pele mais clara. Mas eleadmite que não é tão simples. Afinal, a discriminação se baseia no visível, não em análises de DNA. "Não existem raças, mas os racistas não dão importância para isso", ironiza.

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