AMIGOS DA BLACK

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NOSSA RAIZ,NOSSA HONRA

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A VERGONHA DA RAÇA !!!!




BENEDITA DA SILVA E EDSOM SANTOS DOIS NEGROS NO PODER DIZEM NÂO AOS BOMBEIROS,AO POVO... AO PRECONCEITO

Dizer não a anistia,virar as costas para o povo, a muito que repudio á senhora Benedita da Silva...
Que decepção Edsom Santos
É por isso que um ouvinte de uma estação de rádio perguntou ao locutor: "E agora no segundo turno, quem é oposição e quem é situação?" A resposta do locutor foi singela: "Os dois são oposição e situação ao mesmo tempo, ué. Tem problema?"
Esse é o problema. Não há problema algum para os organizadores e atores da farsa eleitoral que os candidatos simulem jogar nos dois campos, pois assim, os eleitores pensam que estão escolhendo e as classes dominantes — grande burguesia e latifundiários, servi ndo sempre ao imperialismo ianque, principalmente — seguem sua dominação.
Este é o modelo de democracia apresentado ao povo: exercer nosso "direito-dever" de votar em candidatos "oposição-situação" participando da "grande festa" eleitoral. A democracia de mentira não poderia deixar de utilizar todos os ramos da demagogia, e é assim que permitem a participação democrática das mulheres, dos negros, dos favelados na concorrência aos cargos eletivos. No Brasil uma candidata reuniu as três qualidades ao mesmo tempo e foi saudada e "marquetada" com o slogan revolucionário: "Mulher, negra e favelada". Benedita da Silva, eleita vereadora, deputada, senadora e vice-governadora, cumprindo o final de mandato de Garotinho já concorrendo à reeleição no estado do Rio de Janeiro.
A grande burguesia se compraz em abrir os "espaços democráticos" cobrados pelo oportunismo, pois este funciona como fiel escudeiro de sua farsa, legitimando seus processos eleitorais, seus acordos, seus saques, sua exploração e sua opressão sobre o povo. Esta é sua arma mais afiada, fazer o discurso adocicado, as promessas enganadoras, o cinismo militante, através de um membro da classe explorada. E Benedita da Silva cumpriu bem a tarefa.
Senão, vejamos. Assumindo o governo do Estado foi morar no palácio, o que a seu ver simbolizaria um sonho das classes trabalhadoras — chegar ao topo da sociedade de classes. No posto de governadora, assumiu o papel de comandante-chefe da Polícia Militar. Como representante da raça negra, nomeou um comandante negro para a PM. A mulher, negra e favelada governava o Rio de Janeiro.
Hoje essa mesma farça chamada benedita da silva é deputada federal que repúdia!!!
E esse negro com carinha de bom moço chama-se: EDSOM SANTOS
Seria triste e vergonhoso assistir tantos dias de exposição da imagem patética de Benedita da Silva e Edson Santos no comando dos órgãos de repressão ao povo nas favelas do Rio, se eles de fato representasse esses três segmentos importantíssimos do nosso povo: as mulheres, os negros e todo o proletariado que vive nas favelas. Entretanto o que sentimos — nós, que já não temos qualquer ilusão constitucional, que sabemos que a democracia só pode ser construída pelas mãos do povo organizado e combatendo o oportunismo, a grande burguesia, o latifúndio e o imperialismo — é uma profunda revolta, um repúdio veemente a uma situação que não pode receber outro nome que "palhaçada".
Sempre aprenderemos pelo exemplo positivo, mas também com os nossos inimigos, pelo negativo. As mulheres faveladas em seus permanentes e corajosos confrontos com o aparato repressivo do Estado, seguramente não se sentem representadas pela governadora comandante da força-tarefa da repressão. Os negros, grande maioria da população em nosso país, portadores da cultura da resistência dos quilombos aos capitães do mato, certamente repudiam essa falsa representante.
Aqueles do povo que se abaixam para as classes reacionárias para realizar suas ambições pessoais são, não apenas ridicularizados por essas classes, mas têm expostos ao povo, de maneira cruel, sua traição e seu triste papel de serviçal da reação.
Há um caminho pelo qual os negros, favelados e as mulheres do povo, enfim, os trabalhadores, chegarão ao poder. É um caminho honrado que não passa por esse pântano.


quarta-feira, 3 de agosto de 2011

CIDADANIA UM DIREITO DE TODAS AS ETNIAS !!!!


 

Lei garante direitos sociais aos afro-brasileiro  
 Projeto de Lei nº 6264/2005  Mais uma vitória nossa...
Segundo a Lei é dever do Estado e da sociedade garantir a igualdade de oportunidades, reconhecendo a todo cidadão brasileiro, independentemente da etnia, raça ou cor da pele, o direito à participação na comunidade, especialmente nas atividades política, econômica,
Além de garantias no âmbito da saúde e outros direitos essenciais a lei também procura garantir a população afro-brasileira o direito a participar de atividades educacionais, culturais, esportivas e de
 
senador Paulo Paim institui o Estatuo da Igualdade Racial no Brasil para combater a discriminação racial e as desigualdades estruturais e de gênero que atingem os afro-brasileiros, incluindo a dimensão racial nas políticas públicas e outras ações desenvolvidas pelo Estado. empresarial, educacional, cultural e esportiva, defendendo sua dignidade e seus valores religiosos e culturais. lazer, adequadas a seus interesses
Os Negros no Brasil: A Promoção de seus Direitos no Século XXI
 É impossível tratar da cidadania dos negros brasileiros e da promoção de seus direitos humanos sem que se faça uma leitura do passado. O melhor cenário futuro, entretanto, depende da promoção de uma ruptura com a ordem, com o medo e com os conceitos profundamente excludentes e preconceituosos sobre a identidade brasileira.
Se os conceitos de ampliação dos direitos são importantes nos vários países, certamente no Brasil são definitivos para a consolidação do processo democrático.
A realização da Declaração Universal dos Direitos Humanos está condicionada à sua ampliação sobretudo aos negros e aos povos indígenas.
Declaração Universal dos Direitos Humanos e os negros brasileiros Em 1948, quando foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, então traduzida no Brasil como dos "Direitos do Homem", nosso país vivia a Segunda República, a República populista (1946-1964) e os conceitos da "democracia racial brasileira" representavam um enorme esforço para conciliar os ideais republicanos de participação com a realidade de exclusão social, econômica e política dos negros.
Havia 60 anos que a escravidão fora abolida num contexto político e econômico extremamente desfavorável para os negros, após mais de 350 anos (de meados do século XVI ao final do século XIX) de consolidação de um Estado-Nação escravocrata, onde todas as relações sociais, culturais, políticas, pessoais e econômicas eram regidas pela escravidão, inclusive o imaginário social.
A República oligárquica (1891-1930) e depois a ditadura corporativista (1937-1945) deram continuidade ao processo de hierarquia racial e exclusão, gestados na escravidão e transformados através da história, apesar da intensa participação dos negros brasileiros na construção da defeituosa democracia brasileira.
O conceito de direitos humanos foi tratado segundo conceitos universalistas, mas excludentes. O universalismo no Brasil não se aplicava, e ainda não se aplica totalmente aos negros. Os conceitos universalistas foram relativizados por um profundo eurocentrismo, tornando-se excludentes em nosso país, nas diversas esferas do Estado, do conhecimento, das relações sociais. As particularidades de gênero, de origem étnica, diferenças regionais eram tratadas por poucos cientistas sociais, predominantemente pela ótica do perverso mito da democracia racial, às vezes sob a perspectiva de partidos políticos como questões conjunturais, e, na maioria das vezes consideradas implicâncias militantes ou questões menores, e até atrasadas ou contrárias aos interesses nacionais.
Até o final deste século XX, os conceitos de direitos humanos que, se aplicados aos povos indígenas, aos negros, às mulheres, teriam dado outro rumo ao processo democrático brasileiro, foram materializados de forma desigual.
A aplicação dos princípios dos direitos humanos estava condicionada, até a ditadura militar, nos anos 60, aos conceitos resultantes da nossa história: o poder privado, no império, do senhor sobre os seus escravos; dos homens sobre as mulheres de forma menos patrimonial; o catolicismo adotado como religião oficial, criando a desobrigação do poder público da tarefa de legislar sobre as relações; a abolição que atingiu os interesses dos fazendeiros do sudeste, cujo engajamento foi fundamental para a destruição da monarquia e proclamação da República; as alforrias em massa com vistas a garantir mão de obra barata; a posterior urbanização, mantendo as desigualdades e a pobreza negra rural.
O negro brasileiro era até então um ator Plutoniano da história, transformando os rumos da nação, gestando o ethos nacional, exigindo a firme ação dos eugenistas até mesmo na definição das relações interpessoais. Era ator político sem ser sujeito político formal. A escravidão foi a instituição econômica e política mais longa da nossa história, e a mais estável. Mesmo negros e mestiços sendo a maioria da população durante os anos finais da escravidão - afinal provavelmente mais de 5 milhões de africanos foram trazidos como escravos para o Brasil - os negros eram tratados como sub-humanos, não tinham o status de estrangeiros, nem os direitos de cidadãos brasileiros.
As transformações nas noções de direito individual, de cidadania, mesmo com a urbanização que transformou as relações entre negros e não negros, não produziram, na prática, conceitos de igualdade. Alguns ainda são considerados mais iguais e outros menos iguais.
O pós-guerra revelou à nação o profundo sentimento de pertencimento dos negros brasileiros, então chamados – segundo a linguagem não conscientemente desqualificatória- de pretos, mulatos e de pessoas de cor.
Os empregadores exploraram profundamente as divisões raciais na força de trabalho.
Durante o regime militar o conceito de direitos humanos foi utilizado pelos opositores do regime na tentativa de garantir direitos políticos. Foi a partir daí que o tema passou a fazer parte do cotidiano do vocabulário político brasileiro. Entretanto, quanto aos negros, as desigualdades e os mecanismos de exclusão no mercado do trabalho, a violência policial com características de brutalidade específicas quando se tratava dos afro-brasileiros, a esterilização de mulheres negras, a vulnerabilidade das comunidades organizadas para resistir à escravidão sem direito ao título da terra, eram temas, assim como a desigualdade de gênero, considerados particulares, questões de minorias, lutas específicas.
A inclusão dos afro-brasileiros no universo dos direitos humanos O custo social e econômico do racismo, a quantificação e exposição numérica das desigualdades raciais, a ampliação do entendimento de que a população negra brasileira não é numericamente uma minoria, de que o Brasil é o país com a maior população negra fora da África e de que o desenvolvimento excludente é um problema nacional - não só dos negros ou de outros grupos sociais - têm, nos últimos anos, politizado e ampliado o tratamento das desigualdades raciais.
Ainda, as transformações do processo democrático têm exigido a compreensão do processo histórico a partir da ótica dos vários grupos humanos que compõem o todo social, incluindo a necessidade da avaliação do papel do Estado e dos vários atores sociais que gestam a história no cotidiano presente e o fizeram no passado.
O debate internacional sobre direitos humanos tem incluído setores relevantes da militância negra. As Conferências da ONU, da Mulher e a de Genebra, a aplicação dos conceitos de desenvolvimento humano, a necessidade dos brasileiros de lidar com a sua identidade no processo de globalização, trazem o negro brasileiro para o centro do debate sobre os direitos humanos.
 A população negra participará ativamente de um processo nacional que trate de seus direitos no contexto nacional. Não se interessará, entretanto, por processos que a desqualifiquem no imaginário social. Vale contextualizar suas noções de direito e descrever seus pontos de vista sobre os debates sobre políticas de ação afirmativa, que são referências importantes, o que pode ser resumido em poucos parágrafos:
A representação política é considerada fundamental, mas em qualquer esfera de poder deve ser digna e significar participação nas alternativas para a superação da pobreza e das desigualdades. A população negra brasileira não espera que seus representantes tratem apenas de criar melhores condições de vida para os negros. Os negros são exigentes quanto à atuação ética, ao combate à corrupção e aos privilégios - entendem que em um sistema justo suas oportunidades são maiores. Entendem que têm o direito e o dever de participar das decisões e dos rumos da nação. Entretanto a maioria não vê com simpatia a criação de um partido negro. Entende que seus direitos devem ser assegurados, com maior participação de negros nos espaços decisórios.
Mesmo constatando as profundas desigualdades no sistema educacional, quaisquer propostas que permitam desqualificação paternalista têm sido rejeitadas pela maioria dos próprios negros. Sistemas de cotas, dissociados de outros programas, têm sido preteridos por bolsas e cursos especiais de capacitação, que são considerados mais meritórios. O acesso universal à educação, com cursos em locais e horários adequados, com professores preparados para lidar com a diversidade racial, a inclusão da história do negro e da história da África, material didático que valorize os afro-brasileiros, escolas multiculturais de qualidade nas regiões suburbanas e rurais, transporte escolar adequado e alimentação na escola são propostas que constam do repertório dos negros de todos os espaços sociais. As cotas são vistas com desconfiança, se tratadas isoladamente.
No universo de trabalho, a reserva de vagas é vista com grande relutância. A representação proporcional dos vários grupos étnicos e isonomia no acesso e no sistema de promoção são desejos dos afro-brasileiros, mesmo sabendo que estão em desvantagem no que se refere a qualidade de vida. Programas para o cumprimento das recomendações da Convenção 111 da OIT foram incorporados pelo governo brasileiro a partir de demanda criada pela ação do movimento negro com setores sindicais e os ministérios da Justiça e do Trabalho. A visibilidade pública de negros atuando no Estado e na iniciativa privada, como bons profissionais, é considerada fundamental por pessoas de todas as idades.
Os setores organizados e os não organizados da população negra entendem que as comunidades rurais criadas como resistência à escravidão têm direito absoluto ao título das terras. Entendem que não são credores do Estado, que são mantenedores de territórios culturais e que esses remanescentes de quilombos criaram alternativas preservacionistas e à fome, à prostituição, à miséria urbana, portanto que representam "um orgulho dos negros". Não precisam ser assentados porque não são populações sem terra, pelo contrário, habitam há séculos em seus territórios. Seus direitos devem ser assegurados, portanto.
A noção do direito ao resgate da história é profunda. Está associada à compreensão de que o melhor do seu povo foi roubado, expropriado e, se expressa em uma palavra que reflete o racismo de nosso imaginário: "denegrido". Não há ilusão quanto às contradições: pais que venderam filhos, mulheres que traídas delataram e impediram levantes e revoltas, negros que participaram do comércio de escravos. Mas há a regeneração do mutilado saci-pererê, o brilhantismo e a dignidade de Luís Gama, a curiosidade sobre Chica da Silva e o desejo de saber tanto sobre Zumbi quanto se sabe sobre o bandeirante Domingos Jorge Velho. Não havia um negro que prestasse em quase quatrocentos anos? E Luiza Mahin? E a professora preta que lutou pelo direito de voto? E a produção de Machado de Assis? É como se a cidadania de hoje estivesse assegurada na história de ontem. Como se a excepcionalidade de alguns dignificasse a existência e devolvesse a dignidade, inclusive importante para os olhos dos "de fora".
A produção cultural foi uma saída, como em outros países, para os negros brasileiros. Espaço para a sobrevivência econômica, intelectual e espiritual. A indústria cultural, entretanto, limita os espaços de expressão. A ausência de uma dramaturgia afro-brasileira, de espaços de criação-exibição são traduzidos politicamente pelos artistas como cerceamento do direito de ir e vir cultural e intelectual. O mito da democracia racial fez parecer que os excluídos eram incompetentes históricos, aparentemente competiam em condições iguais e não conseguiram mudar sua história.
Artistas e produtores culturais pertencem a um setor que reivindica financiamentos específicos para compensar as desigualdades históricas e, sobretudo, para que sejam criadas condições de se expressar o imaginário afro- brasileiro.
A violência policial e a falta de cumprimento das leis anti-racistas aprofundam o sentimento de que o Estado não é confiável como defensor dos interesses dos negros, que a justiça é "branca" e que os direitos são privilégios dos poderosos.
Um último exemplo refere-se ao direito à visibilidade qualificada. A ausência na mídia, nos materiais didáticos tem mais e mais sido considerada um fator de negação do direito à legitimação no imaginário social. Não se trata do discurso acadêmico ou político, ou ainda militante. A invisibilidade incomoda e está associada ao vazio de história.
Conclusão É preciso que sejam estabelecidas metas. Metas de governo e metas sociais com referência, sobretudo, na Declaração de Viena e nos Pactos Internacionais.
O processo democrático exige resultados e o Estado, cujo papel é relevante para produzir mudanças, começa a ser referência para a sociedade, formulando políticas que levarão à participação dos afro-brasileiros como sujeitos no processo de desenvolvimento. Apesar das recentes iniciativas do governo federal, os estados e municípios, entretanto, não têm ido além da criação de conselhos que têm pouco poder executivo, sendo mais consultivos.
As ações da iniciativa privada são referenciadas nos velhos conceitos discriminatórios. A exclusão cotidiana dos negros no mercado de trabalho, as diferenças salariais e as barreiras para a continuação da carreira são notáveis.
Precisa ser ressaltado que o cumprimento da Declaração Universal dos Direitos Humanos e dos Pactos Internacionais das Nações Unidas, no que se refere aos afro-brasileiros, exige a elaboração de um relatório sobre a condição humana desse grupo social, incluindo as propostas do Estado e da sociedade para a realização integral de seus direitos. Essa é uma tarefa ainda para o final deste século, de modo que possamos cumprir o objetivo de, ao celebrarmos o V Centenário do Brasil, no início do ano 2000, apresentarmos como marco a decisão nacional de nos transformarmos em uma cultura baseada nos direitos humanos, oferecendo para a humanidade a melhor contribuição da nossa inteligência e sensibilidade multicultural.
Faça valer seus direitos sempre !!!!
Uma Luz no fim do túnel !